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Olimpíada

Global Athlete exige fim da proibição dos protestos nos Jogos

Movimento de atletas de todo o mundo faz duras críticas as entidades do esporte mundial

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Atletas negros protestando durante o hino nacional americano após a morte de Martin Luther King (Angelo Cozzi/Mondadori Publishers)

O COI (Comitê Olímpico Internacional) e o IPC (Comitê Paralímpico Internacional) estão sendo pressionados. Após Thomas Bach se posicionar procurando o diálogo, a Global Athlete soltou uma carta em que exige o fim da regra que proíbe protestos em uma edição de Jogos Olímpicos.

Na carta da Global Athlete, a exigência é pelo fim da regra 50 da Carta Olímpica. De acordo com a mesma, está proibido qualquer protesto político, religioso ou racial nos Jogos Olímpicos.

Thomas Bach, presidente do COI, preferiu despistar quando perguntado se a realização dos Jogos dependem da descoberta de uma vacina contra o coronavírus.
Thomas Bach se posicionou inclinado ao diálogo sobre o tema (World Athletics)

De acordo com a carta, “por muito tempo os atletas tiveram que escolher entre competir em silêncio ou defender o que é certo. É tempo de mudança. Todo atleta deve ter poderes para usar suas plataformas, gestos e vozes. O silêncio da voz do atleta levou à opressão, o silêncio levou ao abuso e o silêncio levou à discriminação no esporte”.

Segundo a carta da Global Athlete, a regra 50 da Carta Olímpica viola a declaração universal dos Direitos Humanos. ” As regras próprias do COI e do IPC descritas na regra 50 da Carta Olímpica são uma clara violação dos direitos humanos de todos os atletas. O COI, como observador das Nações Unidas, deve ter um padrão mais alto. O COI e o IPC devem respeitar o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que declara: “Todo mundo tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de manter opiniões sem interferência. ” As regras esportivas não devem ter a capacidade de limitar esse direito”.

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