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Pan 2019

Destaque da natação, Caio Pumputis quer medalha em Lima

Melhor brasileiro no ranking dos 200m medley, jovem nadador do Pinheiros projeta bom resultado no Pan do Peru. Antes, marcará presença no Mundial de Esportes Aquáticos

Aos 20 anos de idade, Caio Pumputis é uma das grandes revelações da natação brasileira. Atleta do Esporte Clube Pinheiros, o jovem paulista registra resultados importantes nas últimas temporadas e demonstra alto rendimento no final do ciclo olímpico. Convocado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, também representará o país nas disputas do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, a primeira participação da carreira. Em conversa com o Olimpíada Todo Dia, ele detalhou a expectativa para os próximos compromissos.

Tendo conhecimento do próprio potencial, a projeção de medalhas no Peru já é uma realidade para Caio Pumputis. “Meu primeiro Pan-Americano. A expectativa é muito boa. Conquistando a vaga (para a final) e brigando com todo mundo, a probabilidade de estar no pódio é muito grande e vamos lutar por isso. Eu espero o melhor rendimento possível. Vamos ter saído do Mundial, estaremos preparados para as duas competições. Entrando numa final, todo mundo tem chance de brigar por uma medalha. Vamos sonhar com uma medalha”.

Até o evento em Lima, o calendário será puxado. Estudando nos Estados Unidos, Caio teve de disputar torneios importantes em praticamente todos os meses do ano. “Eu tive uma competição em fevereiro, uma competição importante de Conferência. Em março, eu tive o NCAA, o campeonato nacional estadunidense de universidades. Duas semanas depois eu tive o Maria Lenk, que foi a seletiva para classificar para o Mundial e os Jogos Pan-Americanos. Tem sido um ano muito corrido, mas tem dado tudo certo. Eu consegui nadar bem essas três competições até agora, que precisavam dar resultado”.

Em 2019, de acordo com os dados da Federação Internacional de Natação (FINA), Caio Pumputis é o melhor nadador brasileiro no ranking mundial na categoria dos 200m medley individual. Com o tempo obtido no Troféu Maria Lenk em abril, ele ocupa atualmente a 14ª colocação geral, anotando a marca de 1m57s70. O resultado garantiria o sétimo lugar na final da Olimpíada do Rio 2016, terminando à frente do compatriota Thiago Pereira. No Pan, só não conquistaria a medalha de ouro em apenas uma edição. “Com os resultados que eu tive no Maria Lenk, fiquei muito feliz. Isso me motivou bastante sabendo que eu posso brigar por uma vaga e final olímpica. O Pan é um passo para chegar lá. Foi a primeira vez em que eu nadei abaixo de dois minutos nos 200m e já foi para 1m57s. Significa bastante saber que estamos no caminho certo e temos tempo para brigar entre os melhores do mundo”, comemorou.

A vivência em outro país também traz ensinamentos para o crescimento individual do atleta, que convive diretamente com outra cultura esportiva. “Eu estou estudando Business, vou para o meu terceiro ano. São quatro. Eu acho que (a principal diferença) foi mais a questão de morar sozinho, aprender a comer direito. Quando não tiver nada em casa, sair para comer direito. Ter de resolver as coisas que eu tenho que fazer com natação e conciliar a escola, tudo junto. A bagagem do aprendizado e responsabilidade foi o mais importante para mim”, afirmou Caio.

Além do desafio nos Estados Unidos, a parceria com os demais nadadores da Seleção Brasileira também agrega diretamente. “Quando tem aquela concentração antes da prova, quando está todo mundo junto na área da fisioterapia, os atletas mais velhos ajudam bastante com experiência, trocam uma ideia, conversam. Às vezes contam o que aconteceu há alguns anos atrás. Eu acho muito interessante. Você ganha tanta confiança e intimidade com eles que acaba levando para vida e para a carreira”, finalizou.

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