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Maratona Aquática

Ana Marcela relembra conquistas e traça estratégia para 2020

Nadadora mais vitoriosa da história das águas abertas, Ana Marcela Cunha relembra o grande ano de 2019 e comenta sobre as estratégias para 2020

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Intenso, vitorioso e histórico. Esse são alguns bons adjetivos para definir o ano de 2019 da nadadora Ana Marcela Cunha.

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A baiana de 27 anos conquistou una enormidade de títulos no ano. Das 9 etapas da Copa do Mundo de Águas Abertas, disputadas de fevereiro a setembro, Ana Marcela Cunha levou a medalha de ouro cinco vezes. Ainda obteve duas medalhas de prata, não subindo ao pódio em apenas duas etapas – das quais ela não participou. A nadadora ainda medalhou nos Jogos Pan-americanos de Lima, no Peru, e nos Jogos Mundiais Militares.

Em entrevista ao Olimpíada Todo Dia, Ana Marcela comentou a importância desses resultados para o importante ano de 2020 que vem pela frente:

“Os resultados do ano trazem bastante confiança. Mostram pra gente que o trabalho está sendo feito está completamente certo. Então assim, a gente não tem que mudar muita coisa,” comentou a nadadora.

Ana Marcela entrou para a história das águas abertas no Mundial de Esportes Aquáticos disputado em Gwangju, Coreia do Sul, em julho. A nadadora conquistou duas medalhas de ouro, nas provas dos 5km e 25km. Com isso, se tornou a maior medalhista da história em campeonatos mundiais de águas abertas, com 11 no total.

Na Coreia, só faltou o ouro na prova dos 10km. Ana Marcela terminou a prova na quinta colocação, o que lhe garantiu o direito de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Apesar de não ter conseguido a medalha, a baiana celebrou a vaga olímpica e ressaltou a importância do resultado “negativo” na sequência da competição:

“A vaga veio. Não veio a medalha na prova dos 10km. Mas a quinta colocação me deixou querendo mais durante o campeonato mundial. Foi importante para o meu crescimento durante o campeonato”, disse.

Ana Marcela acredita que apesar de ter tido um ano mais regular e consistente, os bons resultados acabam tornando-a mais marcada perante as outras competidoras. Em virtude disso, comentou a estratégia que seguirá até o mês de julho, quando começarão os Jogos Olímpicos de Tóquio:

” Eu caio na água, a galera marca. O Mundial serviu muito pra gente identificar isso. Pro ano que vem, a nossa ideia não é competir tanto. Se for competir, não é para competir em etapas de Copa do Mundo e sim em etapas com menos gente”, comentou.

Além de competir menos e em provas menores, a nadadora dará prioridade a locais de competição cujas características da água se assemelhem as de Tóquio, ou seja, mais quentes e mais úmidas. A ideia de Ana é chegar preparada e surpreender as adversárias:

“A ideia é trazer as interrogações [para as adversárias]. Tipo… como que ela está? O que ela está preparando? Vai chamar uma atenção diferente. Então nossa estratégia é ficar um pouquinho mais quieta”.

Dessa maneira, a nadadora espera conseguir o seu maior triunfo na carreira: uma medalha olímpica. Ela já tem duas Olimpíadas no currículo. Em Pequim 2008 ficou em quinto lugar, e no Rio 2016, foi décima primeira. Ana acredita que dessa maneira, conseguirá ter “o melhor ano de sua vida”

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