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COI não define Tóquio-2020, mas decide implantar home office

Enquanto protela para tomar uma decisão sobre o adiamento da Olimpíada, COI adota medidas preventivas contra o coronavírus

Sede do COI, Comitê Olímpico Internacional esporte política
Fachada da sede do COI, em Lausanne (SUI). A partir de segunda (16), funcionários vão trabalhar de casa (Crédito: IOC/Christophe Moratal)

Surpreendido com os efeitos causados pela pandemia do coronavírus, que provocou a paralisação quase total do esporte mundial, o COI (Comitê Olímpico Internacional) vive um momento de impasse. A entidade ainda reluta em tomar uma decisão a respeito do adiamento (ou até cancelamento) da Olimpíada de Tóquio-2020, com início marcado para 24 de julho. Mas internamente, já agiu rápido para evitar possíveis baixas causadas pelo vírus que vem apavorando o planeta.

De acordo com o site “Around the Rings”, nesta segunda-feira (16) começará o sistema de home office (trabalho em casa) para os funcionários que trabalham na sede do COI em Lausanne, na Suíça. Um comunicado emitido esta semana determinou o novo regime de trabalho, exceto para quem “exerça funções essenciais”, segundo o texto.

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A medida também se aplica aos funcionários do Olympic Channel, o canal de Tv por streaming do COI, e para os funcionários da OBS (Olympic Broadcasting Services), responsável pela produção das imagens dos Jogos Olímpicos. A sede destes dois escritórios fica em Madri, na Espanha, que determinou estado de emergência no país pelo aumento no número de casos positivos da Covid-19, doença respiratória causada pelo coronavírus.

Outra medida de proteção adotada foi o fechamento do Museu Olímpico por duas semanas, também a partir desta segunda-feira. O local recebe cerca de mil visitantes diários.

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Segundo o “Around the Rings”, o COI assegura que nenhum de seus funcionários apresentou até agora casos positivos de contaminação entre seus funcionários. Ao mesmo tempo, a entidade assegura que as medidas em nada irão atrapalhar os preparativos para a organização da Olimpíada de Tóquio.

Impasse do COI

Apesar do relativo otimismo, a verdade é que a situação está longe de estar tranquila para o Comitê Olímpico Internacional. A despeito das palavras encorajadoras dos japoneses, como o do primeiro-ministro Shinzo Abe, que neste sábado (14) assegurou que os Jogos acontecerão normalmente na data prevista, o fato é que não se pode ter certeza do que as próximas semanas irão reservar.

O verdadeiro “blecaute” que o esporte mundial está passando joga contra o tal otimismo dos envolvidos na organização de Tóquio-2020.

Por mais que a epidemia esteja sob controle no Japão, não há condições de prever como o vírus estará afetando outros países, que ainda não atingiram o estágio dramático da China ou Itália, os mais afetados até agora.

Por enquanto, o COI vai empurrar o máximo que puder a decisão final sobre o adiamento ou cancelamento dos Jogos de 2020. Talvez seja tarde demais quando isso acontecer. Mas ao mostrar bom senso em diminuir o risco de contágio de seus próprios funcionários, a entidade possivelmente caiu na real da gravidade que a saúde global passa neste momento. Não ficaria surpreso se isso já fosse um sinal da decisão para a Olimpíada.

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