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Ranking aponta Brasil com equipe completa no judô em Tóquio

Última classificação da IJF mostra que seleção brasileira pode ir à Olimpíada com judocas em todas as categorias

Mayra Aguiar no Mundial de Judô
Mayra Aguiar seria hoje cabeça de chave nº 4 em Tóquio (Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

Atualizado em 25/02

Nesta segunda-feira (24), a IJF (Federação Internacional de Judô) divulgou a última atualização de seu ranking olímpico. E a lista confirma a tendência de o Brasil se apresentar nos Jogos de Tóquio-2020 com equipe completa no judô, tanto nos homens como entre as mulheres, mesmo com várias categorias não conseguindo bons resultados nas últimas competições.

O ranking já contém os resultados computados do Grande Slam de Dusseldolf (ALE), onde o Brasil saiu com duas medalhas. No feminino, uma de prata com Mayra Aguiar, nos 78 kg, enquanto Rafael Silva, o Baby, ficou com o bronze entre os pesados (+100 kg).

No masculino, a melhor situação está com Baby, que ocupa o 6º lugar no geral da categoria, com 3.893 pontos. O compatriota David Moura, que está em 9º lugar com 3.445 pontos, precisaria tirar a diferença nos três meses que faltam até fechar o ranking, em 31 de maio.

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Outro que vai consolidando sua vaga em Tóquio é Daniel Cargnin, nos 66 kg, ocupando o 10º lugar no ranking divulgado nesta segunda-feira. A situação mais delicada segue nos 73 kg, onde Eduardo Barbosa, 35º nesta classificação, só conseguiria a vaga via cota continental. Esta categoria tem sido a maior dor de cabeça da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) neste ciclo olímpico.

Entre as mulheres, há uma disputa interna acirrada entre as pesadas (+ 78 kg), com Maria Suelen Altheman ocupando agora a quinta posição, com 4.960 pontos, enquanto Beatriz Souza segue logo atrás, em 6º lugar, com 4.818 pontos. Suelen, porém, leva vantagem por somado mais pontos nos últimos 12 meses, pelo sistema de ranqueamento da IFJ.

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Embora nominalmente apareça em 5º lugar nos 78 kg, Mayra Aguiar ocuparia na prática uma quarta posição em relação ao futuro chaveamento para a Olimpíada, pois há duas francesas à sua frente – Madeleine Malonga (2º) e Fanny Posvite (3º) – e apenas uma estará na Olimpíada.

Apesar de estar cumprindo uma suspensão por doping, Rafaela Silva, campeã olímpica na Rio-2016, ainda aparece na zona de classificação, em 6º lugar na categoria 57 kg. Um plano B para a CBJ (Confederação Brasileira de Judô), caso Rafaela não consiga reverter sua punição no CAS (Corte Arbitral do Esporte), seria Ketelyn Nascimento, que pela classificação atual é a 40ª colocada, com 1.045 pontos

Na categoria 63 kg, a medalhista olímpica em Pequim-2008, Ketelyn Quadros, hoje estaria na Olimpíada, pois ocupa a 10ª posição no ranking.

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Os 18 mais bem classificados pelo ranking em cada categorias, nos dois gêneros, asseguram vaga direta na Olimpíada. Estarão disponíveis ainda mais 100 vagas continentais, distribuídas de acordo com a posição no ranking também. Na região pan-americana, estarão disponíveis 10 vagas no masculino e 11 no feminino, que serão realocadas também em 31 de maio.

Confira a posição dos judocas brasileiros no último ranking da IJF e que hoje estariam em Tóquio:

Feminino

48 kg – Gabriela Chibana (26º) – 1.712 pontos

52 kg – Larissa Pimenta (8º) – 3.510

57 kg – Rafaela Silva (6º) – 4.319

63 kg – Ketelyn Quadros (10º) – 3.062

70 kg – Maria Portela (19º) – 2.800

78 kg – Mayra Aguiar (5º) – 4.460

+ 78 kg – Maria Suelen Altheman – 4.960

Masculino

60 kg – Eric Takabatake (11º) – 2.894 pontos

66 kg – Daniel Cargnin (10º) – 3.682

73 kg – Eduardo Barbosa (35º) – 1.398 (vaga continental hoje)

81 kg – Eduardo Yudi Santos (22º) – 2.147

90 kg – Rafael Macedo (14º) – 2.891

100 kg – Rafael Buzacarini (12º) – 3.083 + 100 kg – Rafael Silva (6º) – 3.983

* Ao contrário do que foi publicado anteriormente, o plano B da CBJ para substituir Rafaela Silva na categoria 57 kg é Ketelyn Nascimento e não Ketelyn Quadros. O texto foi corrigido.

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