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Judô

Rafaela Silva dá o troco em canadense e leva o ouro em Cancun

Após duas derrotas este ano para Jessica Klimkait, brasileira atual campeã olímpica bate a rival no México. Charles Chibana também traz medalha, e Sarah Menezes e Daniel Cargnin batem na trave

Reprodução/IJF

Com gostinho de revanche, Rafaela Silva conquistou, nesta-sexta (12), a medalha de ouro na categoria até 57 quilos do Grand Prix de Judô, realizado em Cancun, no México. Na final, derrotou a canadense Jessica Klimkait, que havia eliminado a brasileira duas vezes este ano, sendo uma logo na estreia do Mundial de Baku e a outra na semifinal de Zagreb. Na decisão, conseguiu dois waza-aris e o consequente ippon.

A primeira vitória de Rafaela Silva sobre a canadense este ano serviu também para empatar o duelo entre as duas, agora com três vitórias para cada lado. Além disso, Klimkait chegou a Cancun logo à frente da brasileira no ranking mundial, 10ª e 11ª colocações respectivamente, posições que devem se inverter após o resultado. A vitória ‘vingou’, ainda, a brasileira Tamires Crude, derrotada por Klimkait logo na estreia no México.

Para chegar na decisão, Rafaela Silva, atual campeã olímpica, bateu na semifinal a cabeça de chave número um do torneio, a inglesa Nekoda Gbrsmythe-Davis, também vice-campeã do mundo. A trajetória até a final teve vitória sobre a belga Libber Mina, com uma boa técnica de perna, depois sobre a alemã Sappho Coban anotando dois waza-aris, e consequentemente, um ippon. Nas quartas, vitória apertada sobre a panamenha Miryam Roper: abriu com um waza-ari logo no começo da luta, tomou um na sequência, mas se aproveitou de um erro da adversária para finalizar na imobilização.

É a segunda vez que a brasileira sobe no ponto mais alto do pódio este ano. A outra foi em Budapeste.

Bronze – Charles Chibana conquistou o bronze na categoria até 66 quilos. Ele acabou rápido com a luta pela medalha. Ainda no primeiro minuto, entrou um uchi-mata, jogou Matej Poliak de costas no chão e finalizou o sérvio com uma imobilização. Durante o torneio, bateu o irlandês Nathon Burns na estreia e logo a seguir o alemão Manuel Scheibel. A semifinal foi contra outro russo Mikhail Puliaev, quando tomou três punições e foi desclassificado, indo para a disputa do bronze.

Sarah Menezes (-48kg) e Daniel Cargnin (-66kg) também chegaram às decisões do bronze, mas foram derrotados.

Sarah fazia uma boa luta contra Milica Nikolic, mas foi surpreendida com uma movimentação rápida da sérvia e acabou imobilizada. Ela começou o dia vencendo a romena Alexandra Pop com uma bela entrada de perna que valeu o ippon e, na sequência, bateu a belga Anne Sophie Jura. Nas quartas caiu diante da campeã olímpica Paula Pareto, da Argentina. Foi para a repescagem contra a israelense Shira Rishony onde, após quase quinze minutos de luta, achou um ippon que a credenciou para disputar o bronze. Pareto levou o ouro.

Cargnin, cabeça-de-chave número 1 na categoria, travou uma batalha na disputa pelo bronze, mas acabou sendo projetado por um Koshi-Guruma aplicado pelo italiano Elios Manzi no Golden Score. Nas classificatórias, venceu o também italiano Matteo Piras e o português João Crisostomo, alcançando a semifinal, onde foi derrotado pelo russo Aram Grigoryan.

Pelo caminho – Felipe Kitadai até começou bem, passou pelo mexicano Yordi Villegas na estreia, sua primeira vitória no ano, mas na segunda foi dominado pelo espanhol Francisco Garrigos, cabeça de chave número um na categoria (-60kg), e acabou derrotado por tomar três punições. Na até 48 quilos, Gabriela Chibana teve um roteiro parecido. Venceu uma mexicana na estreia, Josseline Clement, mas caiu logo seguir para a alemã Katharina Menz, no Golden Score.

Jessica Pereira, cabeça de chave número 1 na até 52 quilos, perdeu logo na estreia ao ser projetada e imobilizada pela suíça Fabienne Kocher. Tamires Crude parou em Klimkait após passar pela cubana Anailys Dorvigny na primeira luta.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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