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Judô

Mayra Aguiar conquista o bronze no Mundial de Judô de Tóquio

Mayra Aguiar conquista em Tóquio sua sexta medalha em mundiais ganhando por ippon quatro das cinco lutas que fez

Mayra Aguiar e seu bronze no Mundial de Judô
(Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

A brasileira Mayra Aguiar conquistou a medalha de bronze no Mundial de Judô de Tóquio nesta sexta-feira (30), dia dos meio-pesados na capital japonesa. É a sexta medalha em mundiais dela, a judoca com mais pódios no torneio na história do judô brasileiro. Tem dois ouros, uma prata e outros dois bronzes.

Rafael Buzacarini e Leonardo Gonçalves também lutaram e ficaram nas rodadas classificatórias. Na madrugada desta sexta (30) para sábado (31) ocorrem as lutas dos pesados. O Brasil disputa com quatro atletas: David Moura e Rafael Silva no masculino e Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza no feminino. O Olimpíada Todo Dia disponibiliza transmissão ao vivo a partir da meia-noite desta sexta.

Além da sexta em mundiais, essa medalha é a sétima da atleta brasileira neste ano. Começou mal em Paris, perdeu na primeira luta para a chinesa Fei Chen, e depois fez quatro finais seguidas ganhando duas, no Grand Slam de Dusseldorf e no Campeonato Pan-Americano.

Foi prata no Aberto de Oberwart, na semana seguinte a Paris, e em Ecaterimburgo. Em Baku ficou na repescagem e, em Lima, no início do mês, conquistou o ouro inédito dos Jogos Pan-Americanos.

Mayra Aguiar tem no currículo dois bronzes olímpicos, três finais em Masters com dois ouros, e 15 medalhas em torneios Grand Slam, sendo cinco ouros em nove finais. A coleção é grande e pesada.

Agora em Tóquio a medalha de Mayra Aguiar veio contra a portuguesa Patricia Sampaio em um uchi-mata de caderneta (assista abaixo com o golpe por volta de 2min07s). Foi a segunda do Brasil no Mundial de Judô. A primeira foi de Rafaela Silva.

Após ser aclamada vencedora, ainda no tatame, deu um grande abraço na adversária e não conseguiu sorrir. “Ainda estou remoendo, mas daqui a pouco vou ficar feliz porque uma medalha em mundial é muito importante”, disse a brasileira para o repórter Carlos Gil, do SporTv, logo após sair da luta. “De qualquer competição eu saio fortalecida, independente do resultado. A gente aprende muito com tudo e sempre cresce, ainda mais quando a gente sente a dor da derrota”.

 

A derrota que ela cita foi na semifinal para a francesa Madeleine Malonga, por ippon. A brasileira fez uma entrada, mas tomou um contra-ataque e acabou com as costas no tatame. “Errei”.

+ Resultados e agenda de todos os brasileiros

Malonga entrou no Mundial de Judô como a número 4 do mundo e foi a Tóquio após desbancar sua compatriota Audrey Tcheumeo, vice-campeã olímpica, na disputa interna pela vaga na equipe francesa. Acabou sendo campeã.

+ Quadro de medalhas do campeonato

Na fase de classificação, Mayra Aguiar lutou três e venceu todas pelo golpe perfeito, as duas primeiras em menos de 30 segundos. Cabeça de chave número um do Mundial de Judô, ela estreou na segunda rodada passando pela portuguesa Yahima Ramirez na imobilização. Nas oitavas superou uma atleta do Gabão, Sarah-Myriam Mazouz. Nas quartas teve mais trabalho para bater a kosovar Loriana Kuk, encaixou um o-soto-gari a vinte segundos do fim.

Rafael Buzacarini e Leonardo Gonçalves

Rafael Buzacarini e Gazimov no Mundial de Judô

Buzacarini e Gazimov (Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

Outros dois brasileiros lutaram nesta sexta, dia dos meio pesados no Mundial de Judô em Tóquio. Rafael Buzacarini venceu duas e parou nas oitavas de final, no vice-campeão olímpico Elmar Gasimov, do Azerbaijão. Leonardo Gonçalves ficou na estreia, para outro atleta do Azerbaijão, Zelym Kotsoiev.

Leonardo Gonçalves no Mundial de Judô

Leonardo Gonçalves (Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

Buzacarini estreou com vitória nas punições sobre o árabe Ivan Remarenko, medalhista de bronze no Mundial de 2014, e na segunda luta derrotou o alemão Karl Richard-Frey com waza-ari no golden score. Leonardo Gonçalves caiu de ippon para Kotsoiev. “Quem assistiu viu que eu estava melhor, mas ele encaixou o golpe ali e entrou. Era uma luta importante para o ranking mundial, para disputa de vaga olímpica, mas vamos seguir em frente”, explicou Leo.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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