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Parapan 2019

Seleção de bocha aposta em análise de desempenho de rivais

Daniel Zappe/CPB/MPIX

Até a próxima terça-feira, a Seleção Brasileira de Bocha realiza a quinta e penúltima fase de treinamento no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, antes dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Para Moisés Fabrício, coordenador da Seleção, a competição continental servirá de prévia para a Copa América que conta pontuação no ranking para Tóquio 2020.  E já de olho na atuação de sua equipe, ele vê a análise de desempenho dos adversários como um trunfo.

“O Parapan vai ser antes da Copa América, então, para nós, tem um sabor especial. Vai ser de grande valia, porque, com a nossa equipe de análise de desempenho, conheceremos melhor quem vamos encontrar na Copa América. O atleta pode ir diretamente ao analista de desempenho para saber como o próximo adversário joga. Quando se trata de alto rendimento, qualquer detalhe é muito importante, até mesmo se a cadeira é motorizada ou manual”, avalia Moisés.

“Hoje, a gente tem a relação de 98% de todos os jogadores do mundo, na palma da nossa mão. Temos um aplicativo no celular e o controle desses atletas. E a gente faz o acompanhamento monitorando eles, caso haja mudança de estilo de jogo, conseguimos tabular isso e ter guardado para quando for útil, utilizarmos”, completou o coordenador.

Para Maciel Santos, que conquistou o ouro na disputa individual da classe BC2 no Mundial de Bocha pela segunda vez consecutiva este ano, a análise de desempenho é muito importante. “O jogador sempre tem uma melhor qualidade na quadra. Por exemplo, a minha, é na frente. Os atletas que analisarem isso, vão pensar, “a qualidade maior dele é na frente. Então, vou jogar a bola no fundo da quadra”, explica o atleta.

“Então a gente estuda muito os atletas para poder estar preparado para, na hora do jogo, saber onde ele joga melhor e montar uma estratégia de onde jogar a bola. Tudo isso, dentro do jogo de bocha, é muito importante. Você está atento naquilo que o adversário é melhor e no que ele tem mais dificuldade para poder usar no jogo também”, acrescentou.

Para ele, nos Jogos Parapan-Americanos já é possível sentir o clima dos Jogos Paralímpicos: “Já tem vila, as competições são melhor resolvidas, com intervalo maior. O Parapan é uma prévia das Paralímpiadas. Tem bastante gente, muitos atletas. Já dá para sentir o clima”, concluiu Maciel.

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