A melhor campanha dos Jogos Pan-Americanos da história da Ginástica Artística terminou ontem. Foram ao todo onze medalhas: quatro ouros, quatro pratas e três bronzes. A equipe brasileira já está voltando para a casa com todas as conquistas na bagagem. Foram duas dobradinhas e algumas medalhas inéditas na edição de Lima 2019. Está com saudades? Vem relembrar tudo com a gente!
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“Os resultados mostram o trabalho que vem sendo feito em parceria com todas as entidades, comissões técnicas e a atletas. É um grupo muito forte, de jovens talentosos, mas que acima de tudo são muito esforçados. Conquistar estes resultados, que nos deram a melhor campanha da história em Pan-Americanos, não foi simples, mas está ligado à nossa preparação, que foi muito intensa. A Ginástica é um esporte em que você precisa estar sempre pronto para qualquer adversidade e eles estavam preparados para isso”, disse Henrique Motta, coordenador geral e de eventos da Confederação de Ginástica.
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Na preparação para o Mundial, o Brasil superou contratempos no caminho: “A masculina fez um resultado excepcional, enquanto a feminina também fez uma bela campanha. Não tivemos a presença da Rebeca Andrade, que faz parte do nosso quadro de atletas, e também a Jade Barbosa. Mas nada disso impediu que o Brasil fizesse esta campanha brilhante. Conseguimos ultrapassar o nosso desempenho de um Pan-Americano disputado em casa. Isso não é simples. Agora seguimos em frente. Tem o Mundial, que é classificatório para a Olimpíada de Tóquio, e temos confiança de que dará tudo certo e classificaremos nossas duas equipes completas”, conclui Motta.
Não tem segredo
Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Todo dia os atletas eram questionados sobre os bons resultados que tiveram no Pan. Chico Barretto chegou a dizer que tudo isso era apenas uma amostra do que eles faziam diariamente. A construção dessas onze medalhas foi assim: “Não existe segredo. É trabalho. A comissão inteira está trabalhando junto, com o mesmo foco, com o mesmo objetivo, trabalhamos para a equipe. Os resultados individuais foram consequências do trabalho de equipe,” disse o dono de três ouros em Lima 2019, Chico Barretto.
“Eu acho que também é a confiança um no outro. A gente confia muito na nossa equipe. A gente confia muito na equipe multidisciplinar, nos nossos treinadores, no fisioterapeuta. Se manda fazer 100, a gente vai fazer 100. Se manda a gente fazer 200, a gente vai fazer 200,” completou o Arthur Nory, que ficou com um ouro e duas pratas nessa edição do Pan.
O aprendizado e a evolução dos atletas foi notória e, agora, começa a busca pelas metas nacionais e internacionais. Em outubro, na Alemanha, acontece o Mundial e a classificação para a Olimpíada. Toda a bagagem internacional passada nos últimos anos, faz efeito no resultado de agora.
“Hoje os treinadores brasileiros com as experiencias que tem dos Mundiais, de Olimpíadas. O conhecimento dos treinadores está melhor. E está ajudando a gente também. Então a gente consegue perceber a evolução em alguns treinamentos quando é muito pesado, quando saber a hora de descansar. O planejamento está melhorando. E isso consequentemente está ajudando a gente,” lembra Chico. “E a gente está sempre aprendendo também. A gente está aqui pra aprender e evoluir a cada dia,” conclui Nory.
Confira a lista de medalhas do Brasil na Ginástica Artística:
Feminino
• Equipe (Flavia Saraiva, Carolyne Pedro, Lorrane Oliveira, Thais Fidélis e Jade Barbosa) – bronze
• Flavia Saraiva – individual geral – bronze
• Flavia Saraiva – solo – bronze
Masculino
• Equipe (Francisco Barreto Junior, Caio Souza, Arthur Zanetti, Luís Porto e Arthur Nory) – ouro
• Caio Souza – individual geral – ouro
• Arthur Nory – individual geral – ouro
• Arthur Zanetti – argolas – prata
• Francisco Barreto Júnior – cavalo com alças – ouro
• Francisco Barreto Júnior – barra fixa – ouro
• Arthur Nory – barra fixa – prata
• Caio Souza – paralelas – prata
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