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Seleção Brasileira

Dez mulheres olímpicas que deixam o Brasil orgulhoso

Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o blog faz uma pequena homenagem, retratando dez atletas brasileiras que brilharam (e brilham) na história olímpica e do esporte nacional

Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o blog faz uma pequena homenagem, retratando dez atletas brasileiras que brilharam (e brilham) na história olímpica e do esporte nacional. Poderiam ser muito mais do que dez, essa é a verdade. Numa época na qual a igualdade de gênero é tema obrigatório em todos os setores da sociedade, inclusive no esporte, o Brasil vem a cada grande competição mostrando a força de suas mulheres.

Aída dos Santos

Sem nenhum apoio, até mesmo da delegação do Brasil, Aída dos Santos foi a primeira finalista olímpica no salto em altura, em Tóquio-1964

“Aída, te esperamos para o almoço”. A frase foi dita por um dirigente da delegação do Brasil na Olimpíada de Tóquio-1964 para Aída dos Santos, atleta do salto em altura. Única mulher naquela equipe, ela foi sozinha para o Estádio Olímpico de Tóquio, pois ninguém acreditava que ela avançasse para a final. Não só avançou como chegou em quarto lugar, muito perto de uma medalha inédita. Ela competiu com um uniforme usado em outra competição e como não tinha apoio de ninguém da delegação, ainda precisou contar com a ajuda do médico de Cuba, para tratar de uma torção no tornozelo sofrida na qualificação.

Joanna Maranhão

Joanna Maranhão tem o melhor resultado individual da natação feminina em Olimpíadas (Crédito: Flávio Florido/Exemplus/COB)

Na nefasta era Coaracy Nunes, Joanna Maranhão era uma verdadeira pedra no sapato dos dirigentes da natação brasileira. Sim, porque ela nunca teve mede de se posicionar, apontar problemas nos critérios de convocação e também na distribuição de apoios oficiais para treinamento. Dona do melhor resultado individual do Brasil em Olimpíadas (5º lugar em Atenas-2004), fora das piscinas Joanna mostra uma coragem rara no esporte. Foi assim na sua luta no processo eleitoral que terminou com a troca de comando na CBDA, seja para expor um drama pessoal, do abuso sexual no esporte.

Hortencia e Paula

Hortência e Paula comemoram a conquista do título mundial de basquete de 1994 pela Seleção Brasileira feminina (Crédito: Reprodução)

Se o basquete feminino brasileiro alcançou a condição de ter ficado entre os quatro melhores do mundo por pelo menos 15 anos, deve demais a estas duas craques da foto acima. Sem Hortência e Paula, dificilmente o Brasil deixaria a condição de coadjuvante nas quadras femininas. A rivalidade que elas carregavam nos confrontos de clubes foi o combustível que as empurrou em busca de grandes resultados. Entre eles, o ouro no Pan de Havana 1991, o título mundial de 1994 e a medalha de prata olímpica em Atlanta-1996.

Ana Moser

Ana Moser superou uma grave lesão no joelho para ser a líder da Seleção feminina de vôlei na medalha de bronze em Atlanta-1996 (Crédito: AFP)

Poucas jogadoras na história do vôlei brasileiro tiveram a condição técnica e de liderança de Ana Moser. Desde o final dos anos 1980, ela tornou-se uma referência na equipe, pela sua qualidade no ataque e como capitã da Seleção Brasileira. Com muita força de vontade e garra, recuperou-se de uma séria lesão no joelho, seis meses antes da Olimpíada de Atlanta-1996. Foi peça importante no time que faturou a medalha de bronze naqueles Jogos.

Rafaela Silva

A brasileira Rafaela Silva comemora a conquista a medalha de ouro na categoria 57 Kg (Crédito: Alaor Filho/Exemplus/COB)

Eis uma das grandes histórias de superação do esporte brasileiro. A judoca Rafaela Silva saiu do inferno em que foi atirada pelos torcedores mais fanáticos, após sua eliminação na Olimpíada de Londres-2012, para a consagração da conquista de uma medalha de ouro pelo judô na Rio-2016. A menina pobre da favela Cidade de Deus venceu todas as formas de preconceito pelo seu talento no esporte.

Fofão

Fofão teve o coroamento de sua brilhante carreira com a medalha de ouro do vôlei feminino em Pequim-2008 (Crédito: divulgação)

Durante muitos anos, Fofão teve que conviver com a fama de eterna reserva de Fernanda Venturini na Seleção feminina de vôlei. Quando a titular se aposentou, após o traumático quarto lugar em Atenas-2004, teve quem duvidasse da capacidade de Fofão. A resposta dela veio com a emocionante conquista da medalha de ouro nos Jogos de Pequim-2008.

Maurren Maggi

De forma espetacular, Maurren Maggi conquistou a medalha de ouro no salto em distância em Pequim-2008 (Crédito: COB)

Maurren Maggi foi protagonista de outra linda história de superação. Em 2003, foi suspensa por dois anos, em razão de um doping causado por uma pomada depiladora. Retomou a carreira apenas em 2006, após ter sido mãe. A primeira alegria veio com o ouro no salto em distância no Pan do Rio-2007. Mas a consagração veio na Olimpíada de Pequim-2008, com a primeira medalha de ouro de uma brasileira no atletismo.

Jaqueline e Sandra

Jaqueline e Sandra foram as primeiras brasileiras campeãs olímpicas, com o ouro no vôlei de praia em Atlanta-1996 (Crédito: Reprodução/YouTube)

A história do esporte feminino do Brasil não seria a mesma sem a dupla do vôlei de praia Jaqueline Silva e Sandra Pires. Elas foram as primeiras mulheres medalhistas do Brasil e as primeiras campeãs em qualquer modalidade em Jogos Olímpicos. Justamente na estreia da modalidade no programa olímpico, elas derrotaram as brasileiras Adriana Samuel e Monica, em Atlanta-1996.

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