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Melhor brasileiro no ranking, Rodrigo Lambre projeta temporada

Em entrevista exclusiva à Federação Equestre Internacional, brasileiro abre o jogo, comenta momento brilhante na carreira e evolução nas últimas temporadas

FEI/Divulgação

Após um ano repleto de vitórias, Rodrigo Lambre está em ótima forma na carreira. A temporada trouxe ao brasileiro sua melhor colocação no Longines Ranking. O atleta, número 44 do mundo, venceu impressionantes 19 eventos em 2018 e já esteve no topo do pódio em três ocasiões nos dois primeiros meses de 2019.

Com uma grande temporada à frente, com direito a Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, a Federação Equestre Internacional realizou uma entrevista exclusiva com Rodrigo Lambre, arrojado esportista aos 40 anos de idade.

1. Ele é de uma fabulosa família equestre

Rodrigo é filho de Nestor Francisco Lambre, um grande campeão brasileiro de salto que esteve no auge entre os anos 1970 e 1990. Rodrigo representa o Brasil assim como seu pai, nascido na Argentina, embora tenha vivido no México por quase 20 anos. Seu irmão Santiago representou a equipe mexicana nos Jogos Olímpicos.

“Eu me interessei em andar por causa do meu pai” , diz Rodrigo. “Ele tem sido um ótimo piloto. Sua paixão e equitação me meteram nisso. Meu primeiro cavalo foi chamado Spartacus. Ele era um cavalo incrível e corajoso e me fez aprender o quão divertido vencer poderia ser. ”

2. Ele tem orgulho de ser o nº 1

Rodrigo Lambre disparou nos ranking nos últimos dois anos para alcançar a posição atual de nº 44. Antes desse período de ascensão, estava apenas entre os 200 melhores do mundo. A série de boas atuações o levou ao top 50 no final de 2018, e agora ele é o melhor saltador brasileiro, à frente de Marlon Modolo Zanotelli e Pedro Veniss.

“Eu diria que ser o melhor piloto brasileiro no momento no Ranking FEI é a minha maior conquista até hoje na carreira. É algo de que eu realmente me orgulho. Acho que o ano passado foi o meu melhor até agora, cheguei ao número 1 por causa disso”, complementou Lambre.

E o desejo de continuar crescendo não para por aí. “Minha maior ambição é trazer uma medalha para o meu país! É nisso que estou trabalhando”, acrescentou.

3. Ele é um homem ocupado

Rodrigo compete principalmente no México e em grandes eventos em toda a América do Norte. No ano passado, conseguiu várias vitórias e pódios na série Spruce Meadows, em Calgary, no Canadá. Tendo feito 219 partidas em 2018, esta temporada promete ter outra agenda agitada.

“Comecei o ano no México nos eventos da Copa do Mundo em Guadalajara e León. Agora estou em Wellington até o final da temporada, depois volto para Xalapa, também no México. Na sequência, no verão, vou para Langley e Spruce”, disse Rodrigo Lambre.

“Certamente tenho os Jogos Pan-Americanos em mente. Eu estou trabalhando duro para ser contado no time”, finalizou.

4. Ele sonha com o lendário Baloubet du Rouet

Como uma estrela brasileira, talvez não seja nenhuma surpresa que o sonho de Rodrigo seja Baloubet du Rouet, o incrível garanhão que ganhou um ouro olímpico em 2004 e três finais de Copa do Mundo com Rodrigo Pessoa.

“Baloubet du Rouet é um dos meus favoritos, além de Jappeloup. Cavalos incríveis!”

O parceiro de disputas de Rodrigo Lambre na atualidade é Chapilot, um animal de 12 anos que está ao seu lado desde 2015. Os dois venceram 10 eventos juntos nos últimos 12 meses e recentemente garantiram um top 10 na Longines FEI Jumping World Cup, em Guadalajara.

“Chapilot é o meu cavalo número 1 porque ele é um vencedor. Tem muito caráter – nos damos muito bem – mas é isso que o torna especial. Toda vez que ele entra no ringue, está pronto para me dar o melhor. ”

Rodrigo também terminou em sexto lugar no evento Longines FEI Jumping World Cup em Leon, com Coleman, um cavalo cinza de 12 anos de idade que fez parceria em 2017.

5. Ele é criativo

Os talentos de Rodrigo não param simplesmente por estar entre os melhores atletas de salto do mundo. Ele estudou publicidade e design gráfico e mantém interesse até hoje.

“Às vezes ainda faço alguns projetos e adoro criar quando tenho tempo”, afirma Rodrigo.

Quanto aos outros esportes, o brasileiro, sem surpresa, é um adepto do futebol.

“É a minha segunda paixão” , diz ele. “Meus heróis do futebol são Ronaldo e Romário. Meu time de futebol é o Grêmio, de Porto Alegre. Eu sigo todos os jogos!”

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