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Handebol

Aos 19 anos, Renata de Arruda integra a Seleção Adulta

Mesmo com apenas 19 anos, Renata Lais de Arruda foi convocada para  integrar a Seleção Adulta de Handebol Feminino

Renata Lais de Arruda já foi convocada para treinar com a seleção adulta do Brasil, aceitou proposta para defender um dos principais times da Espanha e, goleira, foi eleita a melhor jogadora em rodadas de um dos mais competitivos campeonatos do mundo. Tudo isso com apenas 19 anos.

Apesar do sucesso meteórico na carreira, essa pernambucana mantém os pés bem firmes no chão, tão firmes quanto suas mãos, que na próxima semana irão defender a seleção júnior no Campeonato Pan-Americano de Handebol, de 21 a 25 de março, em Goiânia (GO).

“Meu sonho é jogar uma Olimpíada e um Mundial pela seleção adulta. Mas cada coisa em seu tempo. Venho fazendo a minha parte. Se um dia chegar lá, será por meus méritos”, diz.

Renata já tem experiência em jogar com atletas da categoria adulta. Em 2016, participou de fases de treinamento da seleção principal do Brasil para competições internacionais. Seu clube, o BM La Calzada, era o quinto colocado da Liga Espanhola até esta sexta (16), torneio do qual é um dos destaques.

Na nona rodada da competição, por exemplo, foi eleita a melhor jogadora —feito que repetiu na etapa seguinte. Ao anunciar a premiação em seu site, a federação espanhola da modalidade a definiu assim:

“A goleira brasileira está sendo uma das sensações desse início de temporada. Apesar de seus 18 anos (ela completou 19 em fevereiro), demonstra uma experiência e uma capacidade de tomada de decisões raras para sua idade, o que faz dela uma das goleiras mais efetivas embaixo da meta”.

Renata, no entanto, sabe que ainda há muito caminho a percorrer.

“Treinei com o time adulto do Brasil ainda sendo jogadora juvenil. É uma carga a mais, você joga com meninas mais fortes, arremessos diferentes, mais qualidade, tem que se adaptar a tudo isso. Mas acho legal porque você ganha experiência pessoal e profissional e acaba amadurecendo”, afirmou.

“Mas não quero que nada seja precipitado, não quero chegar ao time e me sentir inferior a ninguém”, afirma a atleta, que participa de uma semana de treinos com a equipe júnior em Trindade (GO).

Renata começou a jogar handebol no Colégio Imaculado Coração de Maria, em Olinda (PE), em 2010. Logo percebeu que queria ser atleta e foi para o Clube Português do Recife. No início de 2017, após uma boa temporada com a seleção juvenil, foi procurada por um agente espanhol que lhe apresentou a proposta para deixar o país.

“A adaptação, no começo, foi difícil por conta do idioma e da alimentação, mas a Espanha, como a Europa, tem um handebol muito desenvolvido”, afirma.

A preparadora de goleiras da seleção júnior, Margarida Conte, acompanha a trajetória de Renata desde o juvenil e diz que a jogadora é muito inteligente, focada, sabe se movimentar bem, tem um padrão regular durante todo o jogo, além de mostrar muita raça e liderança. Ela acredita que a experiência fora do país também ajudou no amadurecimento e na formação da jogadora.

“São muitos jogos difíceis, jogando na categoria adulta, que fazem com que ela cresça e adquira muito mais confiança”, diz.

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