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Brasil sofre, mas vira no final e vence Tunísia por um gol

Seleção Brasileira começa mal, chega a estar perdendo por cinco gols de diferença, mas reage no final e consegue a primeira vitória no Mundial de handebol ao bater a Tunísia por apenas um gol: 23 a 22

Depois do empate na estreia contra o Japão, a vitória sobre a Tunísia era obrigatória para manter o Brasil com boas chances de se classificar para as oitavas de final do Mundial de handebol feminino. Mas, a exemplo do primeiro jogo, a Seleção comandada por Jorge Dueñas não jogou bem, teve dificuldades para parar os arremessos de Mouna Chebbah, mas melhorou a defesa no final e, sob a liderança de Ana Paula Rodrigues e Duda Amorim, conseguiu a virada nos últimos minutos para vencer por 23 a 22.

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O técnico Jorge Dueñas atribuiu a diferença no marcador durante o jogo, principalmente, às falhas na defesa. “A Tunísia jogou muito bem. Começaram com mais concentração e melhores que nós. Nossa defesa foi muito fraca no início. No segundo tempo, a Tunísia conseguiu uma vantagem de cinco gols, mas nossa defesa melhorou e conseguimos atingir o placar, porém, sofremos bastante.”

A goleira Bárbara Arenhart, capitã do Brasil, destacou a força e paciência do grupo para buscar a virada. “Temos que olhar pelo lado positivo. Somamos dois pontos. Não estamos satisfeitas com a nossa performance, mas temos que ver que tivemos força de toda a equipe e brigamos pelos dois pontos. Temos que ter mais concentração no começo do jogo, e já ter foco no próximo jogo”, analisou.

Com três pontos na tabela, o Brasil terá folga na tabela nesta segunda-feira e terá um jogo duríssimo pela frente na terça, às 14h45, quando terá pela frente a Rússia, atual campeã olímpica. Vai ser preciso jogar muito mais do que nos dois primeiros jogos para ter um bom desempenho contra as próximas adversárias.

Neste domingo,  liderada por Chebbah, que foi eleita a melhor da partida, a Tunísia logo abriu 2 a 0. A equipe brasileira não conseguia atacar com a mesma eficácia do que as africanas e chegou a ficar oito minutos sem balançar a rede, fato que fez as adversárias abrirem 7 a 2 com certa tranquilidade.

Com dois gols de Samira Rocha e um de Ana Paula Rodrigues, que já tinha três no jogo, o Brasil deu a impressão de que ia reagir ao diminuir a diferença para dois gols e fazer 7 a 5 na metade do primeiro tempo. Aos 21, em mais um gol de Samira, a equipe de Jorge Dueñas encostou e ficou só um atrás das africanas: 10 a 9. Mas, nos nove minutos finais, os erros voltaram e a Seleção só conseguiu fazer mais um gol com Jéssica Quintino e a Tunísia conseguiu chegar ao final do primeiro tempo na liderança por 13 a 10.

O começo do segundo tempo foi preocupante. O Brasil não conseguia reagir, cometia muitos erros, principalmente no ataque, e via a Tunísia aumentar a vantagem, que chegou a cinco gols aos dez minutos: 18 a 13. Contribuíram para isso, três bolas na trave, duas de Samira Rocha e uma de Duda Amorim, além de um sete metros desperdiçado também por Samira.

O técnico Jorge Dueñas, no entanto, não entregou os pontos e fez uma mudança importante. Manteve Patrícia Matieli como armadora central e colocou na direita, no lugar de Patrícia Silva, Ana Paula Rodrigues. A camisa 9 entrou bem demais no jogo e comandou a reação junto com Duda Amorim.

Ao mesmo tempo, o Brasil melhorou a defesa, conseguiu segurar os potentes ataques de Chebbah e começou a reagir. Nos últimos 16 minutos, a Tunísia fez apenas dois gols, enquanto o Brasil marcou oito, três de Ana Paula, três de Duda, além de um de Jéssica Quintino e outro de Samira Rocha para chegar à vitória por 23 a 22. Além disso, Babi fez grandes defesas e foi fundamental para  a virada.

Mas foi sofrido. O Brasil só passou na frente pela primeira vez no jogo quando faltavam seis minutos para o fim num gol marcado por Samira. A Tunísia ainda empatou, mas, na cobrança de sete metros de Ana Paula, saiu o gol da vitória brasileira, que aconteceu a cinco minutos do fim, período em que a Seleção conseguiu segurar a vantagem e garantiu o resultado.

Ana Paula teve o melhor aproveitamento nos arremessos com 70% de acerto. Ela mandou para a rede todos os três sete metros que bateu e ainda marcou mais quatro nos sete arremessos de quadra. Outro destaque foi Duda Amorim, que fez cinco gols em oito tentativas. Samira Rocha também marcou cinco, mas precisou de 12 arremessos para alcançar o número.

Veja entrevista de Babi depois da partida:

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