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Campeã mundial, brasileira é punida por 16 meses por doping

Elaine Gomes integrou o elenco da seleção brasileira que ganhou a competição em 2013 e também foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019

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Elaine Gomes espera ter sua pena reduzida e ainda sonha em participar dos Jogos de Tóquio (Instagram/egomes19)

Elaine Gomes fez parte da maior conquista da história do handebol brasileiro, já que foi campeã do Campeonato Mundial, em 2013, na Sérvia. Ela também ganhou as medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e Lima-2019. Porém, logo após o último título por seu país, a brasileira foi suspensa preventivamente. No dia 10 de junho, a jogadora soube que sua punição por doping será de 16 meses.

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“Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Foi um alívio finalmente ter tido uma definição. Claro que a gente queria já estar liberada para jogar, mas o meu advogado tinha dito que poderíamos pegar até dois anos. Então isso quer dizer que ganhei oito meses. Eu sempre tento pensar pelo lado positivo da coisa. Sei que podia ser pior”, disse Elaine Gomes ao “GloboEsporte.com”.

“Agora a gente parte para a segunda etapa, que é tentar o congelamento de uma parte da pena, pois assim estaria liberada a partir de setembro e conseguiria disputar a temporada 2020/21. Já fiquei muito tempo longe das quadras, foi e está sendo muito difícil para mim, não só emocionalmente como financeiramente. Mas agora só quero pensar e vibrar positivo”, acrescentou a campeã mundial, que está sem salários desde dezembro.

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A pivô brasileira atuou no handebol francês na temporada 2018/19, mas trocou o Nantes pelo Corona Brasov, da Romênia. Depois do ouro no Pan-Americano, a jogadora deu início ao seu primeiro ano na nova equipe. Em pouco tempo, a alegria da conquista perdeu espaço para a tristeza de não poder mais entrar em quadra e, com isso, não representar o Brasil no Campeonato Mundial de 2019, no Japão.

Sonho olímpico continua

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Em outubro de 2019, Elaine Gomes e as suas 16 companheiras de clube fizeram um procedimento considerado proibido de acordo com as regras da WADA (Agência Mundial Antidoping), que proíbe “qualquer forma de manipulação intravascular do sangue”. Marius Capra, médico da equipe, indicou uma terapia intravenosa a laser no sangue das jogadoras, tratamento que é considerado doping.

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A brasileira campeã mundial está sendo defendida pelo advogado romeno Mincu Paul, que também é o responsável pelos casos de mais cinco atletas: Cristina Laslo, Daciana Hosu, Bianca Bazaliu, Ivona Pavicevic e Marilena Neagu. A estratégia da defesa é solicitar que as penas sejam reduzidas, com o congelamento de 3/4 da suspensão. Se isso acontecer, as atletas estariam liberadas a voltarem suas atividades no segundo semestre de 2020.

“Irei me preparar mais forte porque agora tenho chances claras de jogar uma Olimpíada. E óbvio que já estou pensando na minha pré-temporada na Europa. Os times começarão a treinar em julho. Então é focar nisso, continuar grata e esperar me preparando muito enquanto o meu advogado dá entrada na parte do congelamento pensando que será possível jogar em setembro”, afirmou Elaine ao “GloboEsporte.com”.

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“Eu e minha empresária estamos vendo as melhores propostas, onde seria melhor estar nessa temporada tão importante antes da Olimpíada. As propostas já existem, e o que mais quero é poder aceitar e continuar a viver a minha vida. Estou mais motivada do que estava antes. Meu único desejo é que tudo se esclareça logo e possa voltar a jogar defendendo meu clube e a seleção brasileira”, concluiu a brasileira, que espera ter sua pena por doping reduzida.

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