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Romênia especula volta da liga em junho e atletas reclamam

A brasileira Larissa Araújo, do CSU Cluj Napoca, considera a possibilidade de retorno da competição uma “loucura” e se posiciona favorável ao cancelamento

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Larissa Araújo conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 (Wander Roberto/COB)

A federação de handebol da Romênia estuda a possibilidade de voltar com o campeonato em junho. Os dirigentes admitem o retorno caso o estado de emergência implantado até dia 15 de maio, por conta do coronavírus, não aumente. Alguns atletas que jogam a liga reclamaram nas redes sociais. A brasileira Larissa Araújo considerou uma “loucura”.

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Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, Larissa Araújo, que veste a camisa do CSU Cluj Napoca, se posicionou. “Todo mundo está surpreso. Li que jogaríamos de 9 a 10 jogos em um período de 22 dias, o que é uma loucura, já que estamos há um bom tempo sem treinar e ritmo de jogo. Claro que está cada uma treinando em casa, mas não é a mesma coisa”.

“Se realmente voltar, teremos pouco tempo de preparação e vários jogos em um período curto, o que pode ocasionar lesão. Além disso, está tendo essa pandemia no mundo inteiro e isso nos deixa vulneráveis e com a certeza de que não estão pensando na saúde em primeiro lugar, principalmente dos atletas, porque somos nós que estaremos expostos”, completou Larissa.

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Além do clube da Romênia, Larissa Araújo joga pela seleção brasileira e esteve no elenco que conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Antes da paralisação devido ao coronavírus, a atleta estava defendendo seu time no campeonato local

“A decisão vai ser tomada em alguns dias, portanto, ainda pode ser revertida. Grandes ligas já foram canceladas, inclusive, as Olimpíadas. Portanto, seria a única a continuar e isso não faz sentido. Penso que deveriam usar como exemplo essas outras ligas que foram encerradas”, afirmou a atleta de handebol.

Quarentena em Curitiba e na Macedônia

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Larissa Araújo joga na Romênia e é contra o retorno da competição (Madalina Donose/CSU Cluj Napoca)

Larissa está em Curitiba com seus pais. Antes disso, esteve na Macedônia com seu namorado Zé Toledo, atleta da seleção masculina de handebol. “Os atletas são os que mais sentem falta do jogo, de estar treinando e com os colegas. Ninguém gosta de ficar dentro de casa, ainda mais a gente que é sempre competitivo, mas a saúde tem de estar em primeiro lugar”, disse.

“É um absurdo e fico indignada. Acho essa decisão errada. Não concordo, mas vou ter que ser profissional”, ressaltou Larissa, que está em contato com seu clube e voltará para a Romênia se o campeonato voltar a ser disputado mesmo com o risco do coronavírus.

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Quando saiu da Romênia, a ponta esquerda teve uns dias de folga antes do período de treinos que teria com seleção brasileira de handebol, que foi cancelado por conta da pandemia de coronavírus. A atleta contou que está tomando todos os cuidados nesse período de quarentena.

“Na Macedônia as restrições eram enormes e tínhamos horário para sair de casa. Ficamos um mês treinando na garagem e só saíamos para ir ao mercado, tomando todos os cuidados e no horário que era permitido. No Brasil também estou em casa com meus pais e não saímos para nada. Estamos tomando todos os cuidados”, destacou Larissa Araújo.   

Atletas se posicionam nas redes sociais:

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Mariana Costa, da seleção brasileira de handebol – “É hora de pensar em quem realmente se arriscará… nossa saúde é realmente mais importante! 10 jogos em 22 dias. Isso é insano! A pandemia mundial não é uma piada. Quem está se preocupando com os jogadores? (Instagram/ costamariana14)  

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