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Tóquio 2020

‘Tudo normal’: Mayssa Pessoa fala da rotina em meio à pandemia

Apesar da suspensão dos torneios, times russos, como o Rostov-Don, de Mayssa Pessoa, continuam treinando e esperam definição sobre a situação do coronavírus

Recuperada, Mayssa vê batalhas difíceis na Champions League
(Foto: Arquivo/Divulgação)

A Rússia segue sendo um dos países com menor número de infectados pelo novo coronavírus (COVID-19). Até esta terça-feira (17), 114 pessoas apresentavam a doença no maior país do mundo. Mesmo assim, o governo local decidiu tomar providências drásticas para evitar a propagação e anunciou o fechamento de suas fronteiras até o dia 1º de maio.

As medidas contra o coronavírus envolvem também o mundo esportivo. Por tempo indeterminado, o Ministério de Esporte decidiu suspender todas as competições internacionais que aconteceriam no país e também os campeonatos nacionais que já estavam em andamento, como a Liga Russa de handebol feminino.

Por isso, o Rostov-Don, time da goleira brasileira Mayssa Pessoa, não sabe quando poderá voltar à quadra. Classificada para as semifinais do Campeonato Russo, a equipe enfrentaria o vencedor do confronto entre Astrakhanochka e Zvezda. A primeira partida aconteceria no dia 19 de abril e, no dia 26, o jogo de volta seria em Rostov-on-Don. A Super Copa Russa e a Champions League também seguem sem previsão de volta.

Mesmo com o futuro indefinido, Mayssa conta, com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia, que ainda não há casos da doença na cidade de Rostov-on-Don e que a equipe continua treinando normalmente.

“Pararam tudo até que o vírus fique controlado e, então, voltamos aos jogos normalmente. Vamos esperar e seguir treinando. Aqui está tudo normal, onde vivo não tem casos do vírus. Mas agora a Rússia está fechada, ninguém pode entrar”, contou a brasileira que atua no Rostov Don desde 2017.

A equipe, no entanto, não conta com força total. No treino desta terça-feira (17), por exemplo, apenas seis jogadoras estiveram presentes, entre elas, Mayssa Pessoa.

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“Só alguns que estão em quarentena. Duas estrangeiras da equipe estão em quarentena, elas não podem sair de casa por 14 dias e um dos técnicos húngaro também não pode sair de casa por 14 dias. Mas o resto não está de quarentena.”

Mayssa Pessoa segue os treinamentos com suas colegas de equipe. (Foto: Divulgação/Rostov)

Com a situação relativamente tranquila em solo russo, a orientação dos clubes é clara: “Que continuemos tudo normal com os treinos e esperemos para saber em qual data recomeça os jogos da Liga e da Super Copa Russa”, conta Mayssa. “A Champions League tem que esperar porque os países da Europa estão fechados, ninguém entra.”

Em pior situação

A situação no resto da Europa é muito pior. Na Itália, por exemplo, o governo decretou uma quarentena nacional para combater o vírus. Mantendo contato com as colegas de seleção brasileira, Mayssa comenta sobre a situação.

“Algumas falaram comigo. As ligas estão paradas em todos os lados. E algumas estão dentro de casa, não podem sair. Não treinam, nem nada, só ficam em casa. Lá sim está um caos. A Europa está toda parada. Tudo fechado, tudo cancelado, eventos, shows, esporte, tudo.”

“A liga húngara, francesa, alemã, todas estão suspensas por tempo indeterminado e não sabemos se vamos ter jogos da Champions League Final Four”, completa a jogadora.

Se o futuro dos torneios de handebol está indefinido e preocupa, o que dizer da realização dos jogos Olimpícos de Tóquio? “Não sei como será essas Olimpíadas”, comenta Mayssa. “Espero que consigam realizar sem problemas, o que acho muito difícil.”

A seleção brasileira feminina de handebol já está garantida na disputa em Tóquio depois da conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

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