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Campeã europeia, Espanha bate Brasil no Mundial Júnior

Atual campeão pan-americano, o Brasil estreou no Mundial Júnior de handebol masculino contra um adversário duríssimo, a Espanha, vencedora do último Campeonato Europeu, e acabou derrotado por 29 a 21. A Seleção Brasileira teve um ótimo começo de jogo, chegou a liderar o placar nos primeiros minutos e manteve o jogo equilibrado até o segundo terço do primeiro tempo. Na parte final da etapa inicial, no entanto, os espanhóis dispararam na frente e abriram a diferença que foi fundamental para que eles iniciassem o torneio, que está sendo disputado na Argélia, com resultado positivo.

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O Brasil começou o jogo fulminante. Em menos de quatro minutos, abriu 3 a 0 sobre a Espanha com dois gols de Leonardo Dutra e um de André Amorim. A campeã europeia marcou cinco gols seguidos e virou o placar para 5 a 3. Mas com Leonardo Abrahão marcando quatro vezes e com um de Marcio Maildo, a Seleção Brasileira manteve as coisas equilibradas e a partida estava empatado em 8 a 8 aos 20 minutos do primeiro tempo.

O problema, no entanto, foram os últimos dez minutos do primeiro tempo. Nesse período, o Brasil só conseguiu marcar um gol, enquanto a Espanha fez seis, disparando no placar e indo para o intervalo com seis de vantagem: 15 a 9. “Começamos bem nos primeiros 15 minutos. A partir dos 20 do primeiro tempo, caímos um pouco em consequência de algumas trocas. Quem entrou não manteve o mesmo ritmo. Isso deu uma diferença de seis gols no intervalo”, comentou o técnico da seleção brasileira, Hélio Lisboa Justino.

Reverter uma vantagem de seis gols diante de um adversário tão qualificado não é fácil. Assim mesmo, o Brasil não desistiu. Aos oito minutos do segundo tempo, chegou a reduzir a diferença para quatro: 19 a 15. Mas não conseguiu fazer mais do que isso. A etapa final permaneceu equilibrada durante todo o tempo, com leve vantagem para a Espanha, que manteve a dianteira no marcador sem ser muito ameaçada granças à vantagem aberta no primeiro tempo e fechou o jogo com vitória de 29 a 21.

“Quando voltamos para o jogo, a vantagem se manteve, mas nós erramos muito nas finalizações. Criamos várias opções, deixamos os jogadores em posição de um contra o goleiro, mas o goleiro deles acabava defendendo. Essa foi a principal diferença. Conseguimos defender e roubar bolas, como estamos acostumados defensivamente, mas pecamos um pouco nas finalizações”, explicou o treinador.

O destaque do Brasi foi o central do Pinheiros, Leonardo Abrahão, autor de oito gols em 12 arremessos com um aproveitamento de 66,6%. Ele foi o artilheiro do jogo, mas a melhor média foi do espanhol Aleix Gomez, que fez sete gols em sete arremessos, terminando a partida com incríveis 100% de aproveitamento.

A grande diferença do jogo, aliás, foi a diferença de efetividade entre os dois ataques. O Brasil arremessou 46 vezes contra 41 da Espanha, mas teve aproveitamento de 45,7% (21 gols) contra 70,7% dos espanhois (29 gols). Os goleiros espanhóis também foram melhores. Defenderam 20 das 41 bolas que foram em direção ao gol, enquanto os brasileiros pegaram apenas oito das 37 que tinha endereço certo. Rangel Rosa fez seis defesas em 30 chutes, enquanto Marcos Colodetti pegou dois de sete.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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