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Ginástica Rítmica

Seletiva Juvenil de Ginástica Rítmica reúne jovens talentos

Ricardo Bufolin/CBG

Em São Caetano, de olho nos Jogos Pan-Americanos Juvenis, a CBG organizou uma Seletiva Juvenil de Ginástica Rítmica.

A nova geração da ginástica rítmica brasileira vive um momento importante. A partir desta sexta-feira (16) até sábado (17), um grupo de atletas participa de uma seletiva que irá definir as representantes do País no Pan-Americano Juvenil, marcado para o início de maio, na Colômbia. A competição internacional é classificatória para os Jogos Olímpicos da Juventude, que serão disputados em Buenos Aires, na Argentina, ainda este ano.

A seletiva está sendo realizada no CER Bochófilo São José, em São Caetano do Sul (SP), e ficará a cargo do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), da coordenação de Seleções de Ginástica Rítmica e dos árbitros internacionais que estão presentes.

São dez ginastas individuais convidadas a participar e a expectativa é a melhor possível, já que se trata de um geração muito talentosa. “A expectativa é muito positiva, considerando que as ginastas da categoria juvenil terão um grande desafio, que é o de lutar pela conquista da vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude em outubro”, destacou Camila Ferezin, coordenadora de Seleções de Ginástica Rítmica. “Cada vez mais a categoria juvenil vem sendo avaliada. Há um indicativo de um campeonato Mundial exclusivo para a categoria na Rússia, em 2019. Além disso, precisamos começar desde cedo a preparar as ginastas para a classe adulta e essa seletiva é muito importante para isso”, completou.

Renata Teixeira, coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), ressaltou a importância da preparação forte nessa categoria para a evolução da modalidade. “O Pan-Americano é um campeonato muito forte. Ele vale vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude. Cada vez mais é importante que o Brasil se apresente bem desde o juvenil, já que o sistema de classificação olímpico para Tóquio mudou, quando as vagas virão também do campeonato continental em 2020. Assim, estar bem no continente, desde as categorias de base, é uma meta para o Brasil se destacar quando as ginastas chegarem ao adulto.”

A seletiva irá selecionar três ginastas do individual e também avaliar o já classificado conjunto do SERC Santa Maria, atual campeão do brasileiro da categoria.

Um dos diferenciais do trabalho realizado durante estes dois dias é a parte de orientação da carreira de um atleta que será passada às participantes. Para complementar esse tema tão importante foi convidado Ronan Mairesse, coach esportivo e executivo, que trabalha com várias personalidades do esporte.

“É uma responsabilidade enorme trabalhar com uma geração nova. Quando falamos de formação de atletas campeões, não estamos falando exclusivamente em conquistar títulos, mas também em ter a conduta de um verdadeiro vencedor”, frisou o coach.

“Existem alguns fatores que podem comprometer o desenvolvimento da carreira. O primeiro é a falta de confiança dos pais na metodologia que o técnico utiliza na formação do atleta. Isso gera uma confusão na cabeça do atleta e ele não sabe em quem acreditar, nos pais ou no técnico. O segundo fator são as distrações. É preciso ter foco em três elementos: vontade de competir, concentrar-se na ação e evitar distrações. O mundo nos convida a nos distrair o tempo todo. Para ser atleta é preciso blindar-se de tudo que pode atrapalhar a realização dos seus sonhos. Sempre digo, troque de amigos mas não troque de sonhos. Penso que, quando trabalhamos desta forma, além de estarmos formando atletas, estaremos formando seres humanos campeões”, completou Ronan.

Ginastas convidadas – Amanda Caroline dos Santos (ADR Unopar), Ana Caroline Sandrini Souza (AGIR), Maria Clara Figueiredo de Souza (Espaço Cultural GRM), Lucyellen dos Santos Zanchetin (Tuiuti Esporte Clube), Nicole Napoli (AGIR), Delanny Peixoto Barboza (Colégio Jardins), Allanis Flach do Nascimento (AER Sadia), Sofia Madeira Pereira (Ítalo Brasileiro), Maria Eduarda Arakaki (Colégio Marista Maceió) e Luana de Souza (AGRD Joinville).

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