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Ginástica Rítmica

Conjunto do Brasil termina em 13º. e não avança às finais

ilustração para Brasileiro de Ginástica Rítmica
Foto: Ricardo Bufolin/CBG

O Brasil encerrou neste sábado sua participação no Mundial de ginástica rítmica. O conjunto formado por Alanis Avila, Francielly Pereira, Gabrielle Silva, Heloísa Bornal, Jessica Maier, Marine Vieira, Thainá Santos e Thaís Santos terminou em 13º. lugar na competição geral com 31,700, que foi conquistada pela Rússia com 37,700 e teve a Bulgária com a medalha de prata com 36,950 e o Japão com o bronze com 36,650.

A nota geral foi a soma das apresentações com cinco arcos, em que o Brasil obteve 16,050, e com três bolas e duas cordas, em que o país teve 15,650. Com ambos os resultados, o conjunto nacional ficou também em 13º. lugar, não conseguindo vaga entre os oito melhores para disputar as finais deste domingo.

Rússia (18,950), Itália (18,700), Bulgária (18,650), Japão (18,400), Bielorrússia (18,050), Azerbaijão (18,000), Ucrânia (17,450) e China (17,300) se classificaram para a final dos cinco arcos, enquanto Rússia (18,750), Bielorrússia (18,375), Bulgária (18,300), Japão (18,250), Ucrânia (18,150), Itália (17,925), Azerbaijão (17,450) e China (16,950) ficaram com as vagas nas três bolas e duas cordas.

“A participação do Brasil foi muito positiva. Fizemos duas apresentações fortes e sem grandes falhas e já conseguimos chegar a casa dos 16 pontos com a coreografia de cinco arcos. Mas, cometemos outros erros na execução e na dificuldade. Se não tivéssemos perdido esses pontos, subiríamos bastante nossa nota”, avaliou Camila Ferezin, técnica da Seleção de Conjunto.

Um dos pontos de destaque foi que as brasileiras terminaram com uma colocação mais alta que países com tradição. “Certamente se não tivéssemos cometido erros ficaríamos mais bem posicionados. Mas estamos à frente da Espanha, que foi vice-campeã olímpica, além de países com bastante tradição, como Alemanha e Grécia. Para completar, a impressão artística da coreografia do Brasil foi muito bem aceita, ficamos à frente dos nossos adversários diretos nessa avaliação e isso nos leva a crer que estamos no caminho certo, já que essa nota é a impressão geral da banca de arbitragem.”

Camila ressalta que a equipe com essa formação está trabalhando há pouco tempo, e obter esse resultado com um curto espaço de tempo já é algo muito bom. “Esse ano tivemos um curto tempo de preparação, foram apenas três meses, com novas ginastas e três com estreia em Mundial. Além de que só pudemos competir uma vez antes. Por isso tudo, acredito que cumprimos o nosso papel. Estou bastante feliz com o nosso desempenho diante de tudo que passamos para chegar até aqui.”

A treinadora lembra que esse foi o primeiro Mundial do ciclo olímpico e também o primeiro com o novo código de pontuação adotado pela Federação Internacional de Ginástica, por isso, a Seleção tem um longo caminho pela frente até chegar ao objetivo maior que é Tóquio 2020. “Nós queremos a vaga olímpica e vamos buscá-la com toda determinação. Esse é o nosso objetivo e sabemos que para isso precisamos estar bem no cenário mundial. Então estar neste contexto, brigando de igual para igual é cumprir o nosso papel para agora. Vamos seguir treinando forte para a disputa do Pan-Americano, em outubro, e no próximo ano entrar com tudo desde o começo”, ressaltou.

O Brasil fez bonito diante da torcida italiana, que vibrou com o conjunto e com a alegria típica brasileira, mesmo após a seleção ter se apresentado depois da Itália. Para a equipe é uma satisfação ver o trabalho reconhecido pelo público. “Ficamos muito felizes com a receptividade do público para nossa coreografia. Muitas palmas, vibração. Deu para perceber que todos estavam envolvidos com a nossa coreografia. Não é fácil se apresentar depois das anfitriãs. Temos três ginastas estreantes e administrar a pressão é também um fator importante. Mas ver todo mundo apoiando o Brasil com palmas, elogiando e reconhecendo nosso trabalho também é muito bom. Também ficamos muito felizes com o destaque que a FIG deu nas redes sociais para o final da coreografia de cinco arcos”, encerrou.

Individual – Antes do conjunto entrar em cena nesta sábado, às atletas do individual competiram na quarta e na quinta-feira. Natália Gaudio e a jovem Karine Walter representaram muito bem o País ao lado de quase 100 atletas, que competiram nos aparelhos arco, bola, fita e maças.

Para Natália, a melhor apresentação foi nas maças. Com uma boa performance, a capixaba somou 14,550. Na série de fita, ela fez 13,250, bem como no arco (13,550) e bola (13,700). Ela encerrou a participação com o 35º lugar no Individual Geral (55,050).

Já Karine, que competiu pela primeira vez o Mundial, somou 13,250 nas maças, 11,725 na fita, 10,100 no arco e 12,850 na bola. No Individual Geral foi a 65ª, com 47,925 no total.

Veja no vídeo abaixo todas as apresentações das equipes que participaram do Grupo A, entre elas, o Brasil:

E todas as apresentações das equipes que fizeram parte do Grupo B na fase de classificação:

Domingo (3)

9h às 9h40 – conjunto cinco arcos – final

9h45 às 10h25 – conjunto três bolas e duas cordas – final

10h25 – Premiação por aparelhos conjunto

10h45 – Gala/Cerimônia de encerramento

Jornalista baiana, soteropolitana, faconiana. Mestrado em jornalismo esportivo pela St. Mary's University, do Reino Unido. Bolsista Chevening 2015/2016.

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