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Ginástica Artística

Ginástica artística começa treinos visando Tóquio 2020

Ginástica artística começa treinos visando Tóquio 2020
Ricardo Bufolin/CBG

Treinos da Ginástica Artística no Rio de Janeiro mostra disposição das atletas rumo a Tóquio 2020.

O caminho para Tóquio 2020 já está sendo percorrido de forma intensa pelos atletas da ginástica artística brasileira. Prova disso é que o ano começou bem forte para 40 ginastas que estão concentrados no Rio de Janeiro (RJ), desde o dia 15, para o primeiro estágio de 2018, no Centro de Treinamento Time Brasil.

Sob o comando do coordenador de Seleções da modalidade da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Marcos Goto, e com a presença de vários treinadores, os participantes têm feito um trabalho duro não só nos aparelhos feminino e masculinos, mas também nas avaliações físicas e técnicas, entre outras que estão sendo feitas periodicamente até este sábado (27).

Para Francisco Barreto, o período é de retorno, após a lesão que sofreu no ano passado nas costas, quando teve que ficar de fora do Mundial do Canadá. Já recuperado, ele está pronto para o primeiro campeonato de 2018. “Vou começar ano com a disputa da American Cup, em Chicago, nos Estados Unidos. É uma competição muito especial para mim, que eu nunca participei e sempre tive muita vontade de ir. Fiquei um tempo sem treinar no ano passado por conta da lesão e agora estou de volta ganhando força, mobilidade. Estou voltando devagar a tudo que eu fazia antes e espero fazer uma boa competição”, planejou. “Estes treinos aqui estão sendo bem importantes por podermos contar com toda a estrutura, com a presença de atletas novos e voltarmos a fazer preparação física e condicionamento todos juntos. Isso é muito importante para voltar a ganhar gás, força e resistência. Vai ser um ano bem pesado para todos”, finalizou.

Arthur Zanetti ressaltou a troca de experiência e a oportunidade para os mais novos de aproveitar toda a estrutura oferecida. “Estamos treinando com os atletas adultos e os juvenis. Isso acaba sendo importante tanto para nós quanto para eles. Para nós porque acabamos vendo uma nova geração a nos seguir. Precisamos continuar treinando porque eles se aproximam cada vez mais e isso nos estimula. E, para eles, porque podem ver o que precisam fazer para chegar a uma seleção principal e representar o nosso país. Não pode acontecer o que aconteceu com alguns países de ter uma seleção ótima e não manter na próxima geração. Estamos deixando um grande legado, que conta com esse ginásio maravilhoso para essa nova geração poder trabalhar e também obter resultados”, disse.

Flávia Saraiva também esteve um período afastada por conta de lesão, mas já retornou com força total e muita vontade de representar mais uma vez o Brasil. “Estou voltando a treinar e super feliz por estar com a Seleção de novo. Temos aqui muitas meninas jovens. Eu, agora que já participei de um ciclo, posso ajudá-las e, ao mesmo tempo, as mais velhas me ajudam. Está sendo muito bacana. Espero que esse ano seja melhor ainda, não só para mim, mas para todas”, pontuou.

Outro veterano que está presente no CT é Diego Hypolito. O medalhista de prata no solo na Rio 2016 mostrou muita disposição. “Os treinos aqui estão sendo muito importantes. Acho que foi o camping que mais gostei de participar na minha carreira porque está muito bem organizado e também tem esses meninos mais jovens que estão chegando e buscando o espaço deles. Torço muito por todos, tento dar incentivo e passar para eles essa questão de sempre me superar e ter a possibilidade de chegar a uma medalha olímpica assim como o (Arthur) Zanetti e o (Arthur) Nory. Isso também nos incentiva a nos mantermos na ativa. Esse é um ano muito importante pois já começa a classificação olímpica”, afirmou.

Além da preparação dos ginastas, o camping tem servido também para a troca de experiência entre os treinadores dos clubes, que estão acompanhando a equipe. Tanto é que antes do início do período, foi realizado um seminário com a participação de todos os técnicos e demais profissionais que trabalham com a Seleção. “A nossa visão hoje para melhorar a ginástica é a capacitação dos treinadores. Sem eles não existem atletas, nem nova geração, nem medalha olímpica. Por isso, precisamos apoiá-los, capacitá-los e conseguir meios de motivá-los. Esse é um dos nossos grandes focos. Tanto que todos os dias após os treinos nós fazemos reuniões para avaliarmos, darmos sugestões, críticas e, principalmente, ouví-los. Essa troca de conhecimento entre eles é o que vai alavancar a ginástica. Por isso, é imprescindível esse apoio da CBG e do COB. Hoje tem sido feito um investimento maciço na ginástica pelos resultados que tivemos até hoje. Esperamos que o trabalho surta efeito não só agora, mas também no futuro”, explicou Marcos Goto.

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