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Tóquio 2020

Caio Souza monta aparelho improvisado para seguir treinando

Ginasta é mais um a aprovar adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Caio Souza ganhou três medalhas no Pan de Lima 2019 e já está classificado para Tóquio (Foto: Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br)

O ginasta Caio Souza, integrante da seleção brasileira de ginástica artística, não se abalou com a quarentena causada pelo coronavírus, que tem impedido vários atletas de treinar. Independente da modalidade, todos os esportistas do planeta não tem acesso aos equipamentos necessários para uma preparação correta para a maioria das modalidades.

Após uma conversa com seu treinador, Caio decidiu utilizar do “jeitinho brasileiro” e produziu de maneira improvisada um “taquinho” para que pudesse realizar alguns exercícios práticos da ginástica.

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“O meu técnico tinha falado que faria uma nova série de treinos pra mim e seria importante eu ter um ‘taquinho’, então a tive a ideia de produzi-lo. Peguei algumas madeiras, cano de pvc e parafuso e montei. Foi um passatempo, já que gosto de fazer essas coisas e ficou melhor do que eu imaginei. Agora vou poder manter o meu treino com os exercícios bem próximos aos que faço no ginásio, porém obviamente com algumas adaptações”, explicou.

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Esta nova realidade de treinamentos e redefinição dos Jogos de Tóquio pega de surpresa quem há menos de um ano garantia duas medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima e confirmava a sua presença nos Jogos Olímpicos, que agora serão realizados em 2021, ao lado da equipe masculina.

“É uma coisa totalmente inesperada. O maior evento esportivo do planeta ter sido adiado tão próximo de acontecer mostra o quão séria e perigosa é esta pandemia”, avaliou o ginasta, que aprovou a medida anunciada pelo COI na última terça-feira.

Solução sensata

“Acredito que seja a decisão mais sensata a ser feita. Infelizmente com essa pandemia o mundo está impossibilitado de treinar e estamos improvisando com a questão de preparação física. Se as Olimpíadas tivessem sido mantidas não seria uma competição de alto rendimento”, explicou.

Atleta da ginástica desde os três anos de idade, Caio Souza foi reserva da equipe olímpica brasileira em 2016 por causa de uma lesão no pé. Naquele ano, a equipe, que representava o país pela primeira vez nessa disputa em Jogos Olímpicos, fez história e conseguiu avançar à final da competição. Agora parte essencial da seleção, ao lado de Arthur Nory, Arthur Zanetti e Francisco Barreto, o ginasta está com expectativas altas para Tóquio.

“Esperamos ir para a competição e fazer nosso melhor. Óbvio que queremos pegar o maior número de finais possíveis, porém acredito que primeiro precisamos competir da melhor forma para depois pensarmos no próximo passo”, avaliou.

E essa esperança de bons resultados tem fundamento. Isso porque o atleta de 26 anos não esconde que 2019 foi um ano mágico em sua carreira, porém acredita que anos melhores ainda estão por vir.

“Além de três medalhas no Pan e a vaga nos Jogos Olímpicos consegui também o 13º melhor resultado no individual geral do Campeonato Mundial de 2019. Espero que cada ano eu possa ter esse “ano mais especial da minha carreira” por seguir evoluindo sempre”, completou.

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