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Pan 2019

Barretto aprova momento do Brasil: “estamos no caminho certo”

Após domínio no Sul-Americano, atleta da ginástica artística comemora hegemonia do Brasil no continente e almeja repetição em Lima 2019

Às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil registrou resultados importantes no último torneio internacional antes de Lima 2019. Na disputa do Campeonato Sul-Americano de ginástica artística, o país voltou de Santiago, no Chile, com cinco medalhas de ouro no naipe masculino, além de outros pódios expressivos na competição. O evento serviu de preparação para a sequência da temporada, que ainda contará com o Mundial da modalidade a partir de outubro, na Alemanha. Em conversa com o Olimpíada Todo Dia, Francisco Barretto detalha a importância de manter a hegemonia nas Américas e relembra demais participações na história do Pan.

Com o bom desempenho recente, o desejo dos atletas é de manter o retrospecto para os desafios em solo peruano. Além disso, confirmar a força no continente eleva a moral dos ginastas. “Lá (em Santiago), a gente enfrentou a Colômbia, foi o maior adversário. Colômbia e Venezuela. E são adversários que, antigamente, vinham dando trabalho para o Brasil. Em outros Sul-Americanos, a gente enfrentava uma dificuldade de ganhar desses países. Ir lá e confirmar o resultado, ver que ainda somos uma potência… São países que vão estar nos Jogos Pan-Americanos. Poder estar disputando junto e ter uma avaliação para saber como o Brasil está se saindo numa arbitragem internacional, é um bom teste antes de um campeonato importante. Voltar de lá com um resultado bom aumenta a nossa autoestima e confirma que estamos no caminho certo”.

“É uma equipe experiente. Dos dez da Seleção Brasileira que disputam a vaga, a metade já vivenciou os Jogos Pan-Americanos de Toronto. Então, o Brasil vem se preparando do melhor jeito possível. A gente vem treinando duro. Tivemos agora o Sul-Americano, que foi uma boa preparação para os Jogos. A gente conseguiu voltar de lá com a medalha de ouro (por equipes) e alguns resultados individuais muito bons. De acordo com o resultado no Sul-Americano, é manter o trabalho, mudar algumas coisinhas, ajustar algumas séries, questões de detalhes. A expectativa é boa. Se a gente fizer a nossa parte, o nosso trabalho, acredito que vamos trazer o melhor resultado para o país”, completou Chico Barretto acerca do Pan de Lima.

O ginasta do Esporte Clube Pinheiros vai para a sua terceira participação em Jogos Pan-Americanos. Depois do título por equipes em Guadalajara 2011, teve de amargar o vice quatro anos mais tarde. “Meu primeiro Jogos Pan-Americanos foi em Guadalajara 2011, onde nós conseguimos a medalha de ouro histórica para o Brasil. Foi a primeira vez em que o Brasil conquistou a medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos. Sem comentários, sem palavras para aquela experiência. Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Em Toronto 2015, conquistamos o segundo lugar por equipes, atrás de uma equipe gigantesca dos Estados Unidos. Ficamos perto da medalha de ouro também. Agora, os Jogos de Lima. Claro, a expectativa é muito grande para a conquista de novos resultados por aparelhos, individual geral. E disputar o Pan-Americano é sempre uma expectativa muito grande por ser uma competição importante para o país. O convívio com outras modalidades e outros atletas é sempre muito bacana”, comentou.

Diferentemente das edições anteriores, o paulista Francisco Barretto chega com mais experiência para 2019. Vislumbrar demais o cenário promovido pelo evento em si pode interferir no momento da competição. “Isso é bem bacana porque não é uma competição comum para a gente. Nós ficamos em Vila Pan-Americana, a alimentação é diferente, a estadia é diferente, o convívio com outras modalidades também é bem diferente. Em Guadalajara foi a primeira experiência, foi bem legal. Em Toronto eu cheguei mais preparado para aquelas novidades que existiam, de conhecer outros atletas, outras modalidades, o refeitório onde todos se alimentam juntos. Essa é uma experiência interessante para todos os atletas que vivenciam isso pela primeira vez. Ter passado por essas experiências ajuda a chegar mais focado apenas na competição, e deixar para lá essas novidades. Para mim já será a terceira vez. O ideal é focar só na competição, se preparar o melhor possível para aquele momento”.

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