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Futebol

Modesto Roma comemora título das Sereias da Vila

Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

O caminho do Santos até o título do primeiro Brasileiro Feminino começou em 2015, quando o presidente Modesto Roma Júnior remontou o time feminino do Peixe. As conhecidas Sereias da Vila ganharam o país no início da década quando tinham Marta, Cristiane e companhia no elenco. Depois da pausa de três anos na modalidade, o mandatário santista insistiu no retorno e agora comemora a primeira conquista nacional da nova geração.

– Retomamos o trabalho que tinha sido interrompido. E, depois de dois anos e meio, realmente conseguimos fazer o time voltar a ser vencedor. Lógico que não conseguimos fazer tudo em um ano, tem que ter o amadurecimento que culminou neste título – disse o presidente santista, em entrevista ao site da CBF.

Com tradição no futebol feminino, o Santos é considerado referência para a modalidade no Brasil. Um dos maiores incentivadores da categoria, Modesto Roma Júnior enxerga isso com bons olhos e acredita que o exemplo já está sendo seguido por todos os clubes.

– Está sendo (referência). Você vê o Sport, de Pernambuco, o Vitória de Santo Antão e muitos outros, todos são profissionais. Tem o Kindermann, o Iranduba também, todos são trabalhos importantes e sérios para o futebol feminino. Então está repercutindo. Nós fazemos o que é possível ser feito. Não é o ideal ainda, mas a gente vai evoluindo a cada jogo, procuramos melhorar a cada dia. Sei que não é fácil para os clubes, assim como para nós também não é. Por mais que a gente busque a igualdade de gênero, sabemos que o homem é diferente da mulher. Então a gente analisa essa diferença para que as pessoas entendam que o futebol feminino tem uma dinâmica diferente da do masculino. E vejo que estamos evoluindo – concluiu.

Caio Couto

Em 2015, quando o futebol feminino voltou à Vila Belmiro, Caio Couto aceitou o convite para comandar o time e, desde então, segue o planejamento. A primeira conquista nacional desde a retomada do projeto é motivo de orgulho para o treinador.

– Era de grande importância para nós esse título, não por medalha ou troféu, mas porque o Santos, além do que estão vendo dentro das quatro linhas, tem muita coisa nos bastidores que não é do conhecimento geral de todos. Então esse título foi importante para todos, para sinalizar que estamos no caminho correto. E, de certa forma, queremos servir de exemplo positivo para todos os coirmãos. Ou seja, mostrar como o Santos encara a modalidade profissionalmente e dá apoio a essas atletas – exaltou o treinador Caio Couto.

Jornalista baiana, soteropolitana, faconiana. Mestrado em jornalismo esportivo pela St. Mary's University, do Reino Unido. Bolsista Chevening 2015/2016.

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