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Tóquio 2020

OMS quer Jogos representando vitória sobre a Covid-19

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, falou sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio durante reunião com Thomas Bach, presidente do COI

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Tedros Adhanom se reuniu com Thomas Bach (OMS)

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse esperar que os Jogos de Tóquio seja “um lugar onde a humanidade se reunirá vitoriosa contra a Covid-19”. Ele conversou sobre a realização do evento com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, no sábado (16).

Mesmo reticente quanto à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio por conta da pandemia do novo coronavírus, Tedros Adhanom pediu “união e solidariedade” entre os países para que o evento seja realizado.

“Está em nossas mãos, mas não é fácil. Se fizermos o nosso melhor, especialmente com união nacional e solidariedade global, acredito que será possível a realização dos Jogos”, completou um dos líderes da OMS.

No encontro, ambos assinaram um acordo de cooperação voltado a promover a prática de esportes como forma de disseminar um estilo de vida mais saudável.

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Bach e Adhanom (Greg Martin/COI)

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Infectologistas e epidemiologistas tem questionado de que maneira a Olimpíada de Tóquio poderá ser disputada antes da criação de uma vacina ou tratamento eficaz contra a Covid-19. O COI prevê que aproximadamente 11 mil atletas de 200 países diferentes vão competir no evento, programado para ser aberto no dia 23 de julho de 2021.

“No momento em que estamos, ninguém pode realmente dar uma resposta confiável sobre como será o mundo em julho de 2021. É muito cedo para começar a projetar diferentes cenários e o que pode ser necessário para garantir um ambiente seguro a todos os envolvidos”, afirmou Thomas Bach em coletiva após o encontro com o diretor da OMS.

“Jogos não será convencionais”

Tohiro Muto, diretor-executivo do Comitê Organizador local dos Jogos Olímpicos de Tóquio, acredita que o evento de 2021 não será convencional, caso comparado as demais edições, e revelou que o COI está trabalhando para manter os itens que sejam realmente fundamentais.

“O que teremos daqui a um ano não deve ser uma edição convencional das Olimpíadas e Paralimpíadas, do jeito que as conhecemos. Thomas Bach disse que é hora de todos nós revisarmos quais são as coisas essenciais para esses Jogos”, afirmou Tohiro Muto, citando as possíveis medidas necessárias para tornar o evento seguro caso a pandemia da Covid-19 persista até lá.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, falou sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio em meio à Covid-19 durante reunião com presidente do COI.
Tohiro Muto é um dos membros do Comitê Organizador do Japão (divulgação/COI)

Prestes a completar dois meses da confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o diretor-executivo do Comitê Organizador revelou que as discussões quanto ao custo adicional por conta da reprogramação seguem em debate. Na quinta-feira (14), o COI anunciou a criação de um fundo de ajuda de US$ 800 milhões, cerca de R$ 4,7 bilhões, ao esporte mundial.

A quantia será dividida em duas partes. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio vão receber US$ 650 milhões, enquanto os outros US$ 150 milhões serão destinados ao Movimento Olímpico, que abrange os comitês olímpicos nacionais e as federações.

“Nós, do Comitê Organizador, não temos ideia de como esse dinheiro será gasto. Por que são US$ 650 milhões? Acredito que você precise perguntar ao COI”, finalizou Tohiro Muto.

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