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Fiascos em Mundiais preocupam

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 11 de setembro do Diário de S. Paulo

Os fatos não mentem: a recente leva de Campeonatos Mundiais, nas mais diversas modalidades olímpicas, trouxe mais decepções do que alegrias para o esporte brasileiro. Na prática, os únicos motivos de festa ocorreram no Mundial de Natação em Roma, graças ao impressionante desempenho de Cesar Cielo e suas duas medalhas de ouro (50 e 100m livre), além da prata de Felipe França nos 50m peito e o bronze de Poliana Okimoto, na prova dos cinco quilômetros de maratona aquática.

Em compensação, sobraram frustrações nos Mundiais de Atletismo (Berlim), Judô (Roterdã), Boxe (Milão) e Ginástica Rítmica (Mie, no Japão). Nenhuma medalha conquistada e no máximo, como prêmio de consolação, presença em algumas finais.

Como já disse na coluna do último dia 28 de agosto, ninguém quer iniciar uma caça às bruxas e colocar atletas diante de um pelotão de fuzilamento imaginário só por não terem obtido os resultados sonhados. Mas não se pode deixar de cobrar quem pode brilhar.

Além dos fiascos no atletismo, o judô brasileiro se juntou ao grupo das decepções, com as derrotas dos favoritos Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Luciano Correa. Do boxe e da ginástica rítmica não havia qualquer expectativa, mas ambos também passaram em branco. O que fica de tudo isso é que mesmo amparado com o dinheiro das loterias, que vem sendo despejado nas confederações desde 2001, o esporte brasileiro ainda é refém de suas raras estrelas para brilhar internacionalmente.

Foto: Divulgação/CBDA

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo

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