Siga o OTD

Tóquio 2020

A um ano dos Jogos, Brasil sonha com final inédita nos 100 m

Brasileiras dos 100m rasos lutam para conseguir chegar à inédita disputa por medalha olímpica daqui 365 dias

Vitória Rosa atletismo jogos olímpicos jogos pan-americanos lima
Expectativa de Vitória Rosaé de buscar uma vaga na final dos 100 m rasos (Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br)

Daqui exatamente um ano será dada a largada para que as mulheres mais rápidas do planeta lutem pelas três medalhas olímpicas nos 100 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ao todo, serão 56 mulheres de todo o planeta na luta pelo lugar mais alto do pódio na capital japonesa em 2021. Vitória Rosa e Rosângela Santos são as principais esperanças brasileiras para estar na lista.

Até o momento, o Brasil não possui nenhuma velocista com a classificação já garantida através do índice olímpico, que é de 11s15 para esta prova. A expectativa é de que todas as classificadas para o evento corram abaixo da marca. Porém, caso isso não aconteça, as 56 concorrentes serão completadas de acordo com o ranking de pontos da World Athletics (Federação Internacional de Atletismo).

Vale lembrar que a corrida pelo índice olímpico atualmente está fechada por conta da pandemia e será reaberta em dezembro deste ano.

+ Conheça a dança que deve ser esporte olímpico em Paris-2024

Apesar de nenhuma atleta ainda garantida nos 100 m feminino, o Brasil possui boas chances de ter representantes nas raias japonesas, já que três atleta do país ocupam um lugar entre as 56 melhores qualificadas no ranking olímpico respeitando o limite de três concorrentes por país.

Vitória Rosa é esperança

Vitória Cristina Rosa fatura a prata em Lima (Wagner Carmo/CBAt)

 A mais próxima da classificação atualmente é Vitória Rosa. Já garantida no evento nos 200 m rasos, a corredora atualmente ocupa a 33ª no ranking de classificação baseado em seus resultados recentes. Com o melhor tempo atual de 11s24, a atleta, que foi medalhista de prata nos 100 m nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, convive com uma alta expectativa para que conseguir o índice assim que as competições retornarem.

Na opinião de Cleberson Yamada, especialista em atletismo pela Universidade de Leipzig (ALE) e comentarista da “Band”, Vitória Rosa deve garantir presença em Tóquio sem grandes problemas e  tem chances de obter um resultado histórico para o Brasil no evento.

“A Vitória tem resultados suficientes que a credenciam pelo menos para a semifinal e para brigar por uma vaga na final. Mas ela irá precisar fazer o melhor tempo da vida dela numa semifinal de Olimpíada. Se ela conseguir isso, ela tem grandes chances de estar na final olímpica”, avaliou Cleberson.

Correndo por fora

Rosângela Santos
Rosângela Santos é recordista sul-americana nos 100m rasos (Reprodução)

Além de Vitória, outras duas brasileiras correm por fora pela classificação nos 100 m feminino. Bronze no revezamento 4×100 m em Pequim-2008, Rosângela Santos atualmente é a 42ª melhor ranqueada no ranking olímpico com o melhor tempo recente de 11s23. Vale lembrar que a atleta de 29 anos é detentora da impressionante marca de 10s91 obtida no Mundial de 2017. Até hoje, Rosângela Santos é dona do recorde tempo sul-americano e a única brasileira a vencer a barreira dos 11 segundos. Já Lorraine Martins, que foi ouro em Lima no passado integrando o revezamento 4 x 100 m, aparece na 55ª colocação.

Difícil apontar favoritas

Pela briga por medalha, Jamaica e Estados Unidos figuram entre as principais favoritas por todos os lugares do pódio. Enquanto o país caribenho conta com as duas mais bem colocadas no ranking atualmente – a líder e bicampeã olímpica Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson na segunda colocação -, existem cinco atletas americanas no top 10 do ranqueamento.

+SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK

“É difícil apontar as favoritas para o 100 m feminino. Porque esta temporada de 2020 praticamente não existiu. Então, vai depender muito desse ciclo de treinamento novo que vai começar. É difícil fazer uma projeção sobre qualquer tipo de prova do atletismo. Só será possível ter alguma ideia do cenário em abril ou maio do ano que vem, quando os atletas já deverão ter retornado há algum tempo”, completou Cleberson Yamada.

Mais em Tóquio 2020