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Atletismo

Brasil passa forte no 4x100m e Fernanda é a sexta do mundo

Brasil quebra recorde brasileiro e briga por medalha neste sábado. Fernanda Borges ficou em sexto no lançamento do disco

Revezamento 4x100m masculino no Mundial de Atletismo
(Wagner Carmo/CBAt)

O Brasil passou com força para a final do revezamento 4×100 metros rasos no Mundial de Atletismo de Doha. O time formado por Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick Souza e Paulo André de Oliveira cravou 37s90, igualando recorde brasileiro dos Jogos de Sydney 2000. Já Fernanda Borges disputou a final do lançamento de disco e fechou na sexta colocação.

O time ficou em segundo lugar na primeira bateria eliminatória, com Paulo André segurando no final, em prova disputada nesta sexta (4), oitavo dia de competições no Estádio Internacional Khalifa. Os três primeiros passavam. A Grã-Bretanha venceu e os Estados Unidos chegaram em terceiro. Além dos três, se classificaram também África do Sul, Japão, China, França e Holanda. A final será neste sábado (5), às 16h15.

“A gente correu bem, foi o melhor resultado do ano e ainda temos muito para acertar. Estamos conversando sobre o que cada um errou, o que cada um sentiu para melhorar para amanhã e tentar subir no pódio”, afirmou Rodrigo Nascimento (Orcampi), acrescentando que cada atleta quis zerar o seu resultado individual e começar uma nova competição com o revezamento em Doha.

O Brasil é o atual campeão do Mundial de Revezamentos no 4x100m, título conquistado no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, em maio. O quarteto brasileiro, que tinha Jorge Vides no lugar de Vitor Hugo dos Santos, cravou 38s05 melhor tempo do ano até então para a prova. Vides deu lugar a Vitor Hugo por estar lesionado.

Fernanda Borges, no Mundial de Atletismo

Fernanda Borges (Wagner Carmo/CBAt)

Neste sábado, além da final do revezamento 4×100, Darlan Romani participa da final do arremesso de peso no Mundial de Atletismo às 14h05. As duas provas tem boas chances de medalha para o Brasil. Tem, ainda, Elaine Martins nas eliminatórias do salto em distância às 11h50.

Fernanda Borges em sexto

Fernanda Borges disputou nesta sexta-feira a final do lançamento de disco no Mundial de Atletismo. Conseguiu 62m44, passou em sexto para a disputa pela medalha e manteve a posição. As cubananas Yaimé Pérez e Denia Caballero ficaram com o ouro e a prata, 69m17 e 68m44, e a bicampeã olímpica Sandra Perkovic ficou com o bronze anotando 66m72.

O revezamento feminino do Brasil cravou 42s68, o melhor da temporada, e ficou com a primeira vaga dentre as equipes que não passaram direto para a final. Bruna Farias, Vitória Rosa, Lorraine Martins e Rosângela Santos ficaram em quarto na segunda bateria eliminatória.

Revezamento 4x100m feminino no Mundial de Atletismo

(Wagner Carmo/CBAt)

Porém, minutos depois, foi desclassificada pela organização da prova e ficou fora da final. A decisão ainda era passível de recurso do Brasil, mas, de acordo com o SporTv, o motivo foi invasão de raia cometida por Bruna Farias.

Ainda nesta sexta-feira o Brasil participa com Caio Bonfim e Moacir Zimmermann na marcha atlética 20km, valendo medalha. O início da prova está marcado para as 17h30.

Caio Bonfim é o 13º na Marcha Atlética 

O brasileiro Caio Bonfim ficou em 13º na marcha atlética 20 km no Mundial de Atletismo de Doha, Catar, nesta sexta-feira (4/10), com 1:31:32, numa prova duríssima que fechou o oitavo dia de competições, realizada em circuito montado na região turística de Corniche. Caio, que foi bronze no Mundial de Londres-2017, teve de lutar com as condições climáticas, e ainda cumprir um pit stop de 2 minutos, por punições da arbitragem. O ouro ficou com o japonês Toshikazu Yamanish, que liderou a partir do km 8 e até o fim, com 1:26:34.

Caio Bonfim, no Mundial de Atletismo

(Wagner Carmo/CBAt)

A prata foi conquistada pelo russo Vasiliy Mizinov, que competiu como atleta neutro autorizado, com 1:26:49, e o bronze pelo sueco Perseus Karlström, com 1:27:00. O brasileiro Moacir Zimmerman, que também cumpriu dois minutos de espera no pit lane, terminou em 39º lugar (1:44:16).

Os atletas, enfrentaram a temperatura de 32 graus e umidade do ar de 80, condições registradas no momento da largada, às 23:30 de Doha, munidos de coletes de gelo ou toalhas frias, recheadas de gelo, penduradas no pescoço. A temperatura ainda aumentou durante o percurso e a sensação de calor era de 43 graus.

Caio Bonfim (CASO-DF), medalha de bronze na prova no Mundial de Londres-2017, ficou bem atrás no pelotão no início. Passou em 27º nos primeiros 5 quilômetros (22:32) e em 16º no km 10 (44:41) – nessa passagem o japonês Toshikazu Yamanish já dominava a prova, na liderança, com 17 segundos de vantagem (44.06), em relação ao segundo colocado, o sueco Perseus Karlström (44.23).

No Km 15 a liderança mantinha-se com o japonês Yamanish em primeiro (1:05:28) e o sueco Karlström ainda em segundo (1:05:43). O brasileiro Caio Bonfim, passou na 17ª posição (1:08:46), a 3:18 do líder. Mas logo em seguida Caio teve de fazer uma parada de 2 minutos no pit lane por tomar duas punições da arbitragem. O brasileiro voltou, fez uma prova de recuperação e ainda terminou em 13º.

Moacir Zimmermann, no Mundial de Atletismo

(Wagner Carmo/CBAt)

“Eu estava num crescendo, com a segunda metade mais rápida do que a primeira. Ia dar 1:28. E eu estava muito bem preparado para essa prova, mesmo com essas condições climáticas”, disse Caio, revelando que foi a primeira vez desde que a regra fi criada que teve de cumprir punição no pit lane. “Parece que a arbitragem estava assim com todo mundo. Estranho. Tomei um cartão logo no começo da prova, quando estava cheio, eu no meio do pelotão…”

Caio disse que se preparou como nunca e deu o seu máximo. “O calor interfere no tempo, mas a gente ajusta no ritmo. Eu estava chegando, fazendo 4:20, 4:18 (por quilômetro), tanto que estava chegando no inglês quando tomei o pit lane.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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