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Atletismo

Brasil coloca três revezamentos para o Mundial de Doha

Segundos lugares nas eliminatórias no Japão garantiu os 4x100m masculino e feminino e o 4x400m misto no mundial

Vitória Rosa completa em segundo eliminatória dos 4x100m feminino no Japão (IAAF)

As equipes brasileiras 4x100m masculina e feminina e 4x 400m misto conquistaram neste sábado (11) classificação para o Campeonato Mundial de Doha, no Catar. As vagas vieram na qualificação do Campeonato Mundial de Revezamentos, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão.

Os três grupos terminaram suas respectivas provas na segunda colocação e, de quebra, garantiram também vaga para as finais deste domingo (12) do Campeonato Mundial de Revezamentos. O Mundial de Doha será entre setembro e outubro.

Formado pela ordem por Rodrigo Nascimento, Jorge Henrique Vides, Derick Souza e Paulo André Oliveira, o 4x100m completou a prova em 38s22, o melhor resultado do ano e o segundo melhor das três séries eliminatórias. O Brasil só foi superado pela Grã-Bretanha, que fez 38s11, estabelecendo a melhor marca da temporada mundial.

“A gente vem treinando muito bem, o grupo é bem unido então a gente só provou – provamos para nós mesmos – o que a gente vem fazendo nos treinos. A gente está na final e feliz por termos conquistado a vaga para Doha”, comentou Paulo André para o repórter Carlos Gil, do SporTV.

Jorge Vides e Rodrigo acham que as passagens de bastão podem melhorar. “A minha passagem para o Rodrigo pode ser mais rápida. Eu já falei com ele. Eu não acelerei tão bem na passagem, mas na final a gente vai pra cima”, disse Jorge. “Dá para melhorar e vamos chegar com mais confiança sabendo que podemos brigar por medalha”, completou Rodrigo.

Derick não esconde a sua confiança. “A gente vem treinando muito bem desde os Estados Unidos. Mas nas competições não estava encaixando. Graças a Deus encaixou desta vez. Vamos tentar pegar uma medalhinha e bater o recorde sul-americano”, lembrou Derick, referindo-se aos 37s90, obtido pela Seleção Brasileira nos Jogos de Sydney 2000.

4x100m feminino no Mundial de Revezamentos

No feminino, o Brasil, formado por Andressa Fidélis, Lorraine Martins, Franciela Krasucki e Vitória Rosa, obteve 43s07, também o melhor resultado do ano. Na série, foi superado pelos Estados Unidos, com 42s51. No geral, a Alemanha ficou em segundo lugar, com 43s03. O Brasil vai para a final com o terceiro tempo.

“A gente passou até mais fácil do que imaginei. Estávamos numa série forte, tínhamos de acertar tudo. E conseguimos passar em segundo com a melhor marca do ano, mas ainda tem alguns ajustes que tem de ser feitos para a final”, comentou Franciela, a atleta mais experiente do grupo.

Lorraine concorda com Franciela. “Dá para dar uma melhorada, é ajustar a marca. Mas a gente está muito feliz com o resultado e por ter ido à final”, disse. “Todas correram bem, deram o seu máximo, acredito eu. E eu estou superfeliz”, comentou Andressa.

Já Vitória, satisfeita com a vaga na final do Mundial de Revezamentos e do Mundial de Doha, acredita que o grupo pode sonhar mais alto. “A gente não pode deixar de sonhar. O objetivo nosso era ir para a final. Agora que já estamos na final é correr atrás da medalha”, afirmou.

4x400m misto, recorde e vaga no Mundial de Doha

No revezamento 4x400m misto, que o Brasil disputa pela primeira vez na categoria adulta, a equipe teve Lucas Carvalho, Tiffani Marinho, Cristiane Silva e Alexander Russo. O grupo completou os 1.600 m em 3min18s26, estabelecendo o recorde brasileiro e sul-americano para a prova. O desfalque foi Geisa Coutinho, principal corredora de 400m do Brasil, que sentiu desconforto muscular e está fora do Mundial.

A vitória na série foi da Bélgica, com 3min18s03, enquanto a Jamaica terminou em terceiro lugar, com 3min18s47. “Foi uma chegada difícil, mas queria agradecer a Deus pela oportunidade de representar o Brasil aqui no Mundial. Eu não tenho muitas palavras para descrever, só a sensação incrível de entrar na pista, dar o sangue e na hora da disputa pensei que a gente merecia”, disse Alexander, que defendeu bem a segunda posição.

Já Lucas e Tiffani entregaram o bastão na primeira colocação. “Abrir a prova da uma angústia. Tem de esperar cada um correr, mas fica na torcida sempre”, garantiu. “Estou muito feliz de estar aqui no meu primeiro Mundial, nessa equipe maravilhosa. Estou com muita gratidão no meu coração por tudo”, lembrou Tiffani.

Cristiane mostrou feliz por superar as dificuldades técnicas da prova. “A gente treinou bastante para a passagem de bastão, que é diferente numa prova nova para a gente. A gente se uniu bem e graças a Deus está na final”, afirmou.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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