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Tudo o que você precisa saber sobre a Superliga 2017-18

Foto: Thiago Dutra

Confira um guia sobre todas as mudanças no regulamento, nas transmissões e as opiniões de técnicos e jogadores das Superligas Feminina e Masculina para a temporada 2017-18.

  • por Thiago Dutra

A Superliga está de volta. O maior torneio de vôlei do Brasil chega à sua 24ª edição no próximo final de semana. Em uma churrascaria de São Paulo, nesta segunda-feira (09), ocorreu o lançamento da nova temporada. O evento reuniu técnicos, dirigentes, jogadoras e jogadores das 24 equipes, que disputarão o torneio, em prol de uma temporada de muito sucesso. Entre eles, o discurso é praticamente unânime: com tantos campeões olímpicos e jogadores da seleção, o campeonato promete ser o mais equilibrado dos últimos tempos.

A Superliga 2017-18 contará com 12 equipes no masculino e no feminino. A competição, para os homens, começa mais cedo: o jogo de abertura será entre Taubaté e Sesc, no próximo sábado (14). Para as mulheres, Fluminense e Brasília abrem a disputa no próximo domingo (15). A competição vai até abril/maio de 2018.

Mudanças

Duas mudanças já haviam sido anunciadas e no evento de confraternização nesta segunda-feira, a CBV anunciou mais uma medida: todas as partidas da Superliga, seja masculina ou feminina, poderão ser transmitidas por um dos clubes através do canal da CBV. Veja abaixo todas as mudanças em relação à edição passada:

TRANSMISSÕES VIA WEB: todas as partidas poderão ser transmitidas pelo canal do youtube da própria CBV, contanto que uma das equipes envolvidas na partida se mobilize para a gravação. O intuito disso é dar ainda mais visibilidade à competição, já que a TV Globo passará apenas os segundos jogos das finais, a RedeTV transmitirá 52 jogos e o Sportv 100. Sendo assim, mais de 100 jogos ficariam sem transmissão alguma e agora, se os clubes conseguirem, poderão ter o contato com o público via web.

FINAL EM DOIS JOGOS: Tanto no feminino quanto no masculino, o regulamento continua quase o mesmo. 12 equipes na primeira fase e as oito melhores se classificam para os playoffs. Nas quartas, a disputa será feita em melhor de três jogos, na semi em melhor de cinco. A grande mudança é que a final será disputada, a partir de agora, em dois jogos ao invés de apenas um. Se cada equipe vencer uma partida, após o segundo duelo haverá um Golden Set, que decidirá o campeão.

TECNOLOGIA: A partir da semifinal, o uso da tecnologia será permitido para resolver lances duvidosos nas partidas.

 

Além das três emissoras, os jogos agora podem ser transmitidos via internet no canal da CBV.

Opiniões sobre as mudanças:

No evento de lançamento da Superliga 2017-18, os atletas se mostraram favoráveis às mudanças. Entre elas, a que mais parece ter agradado é a disputa da final em dois jogos. Eles vêem mais justiça em tal decisão:

Final em dois jogos é melhor sim, principalmente para os patrocinadores. A exposição deles se torna muito maior, eles aparecem mais. E também é mais justo, cada time joga em sua casa. O ideal seria três jogos, com o time melhor qualificado jogando duas em casa, mas acredito que dois jogos vai ser uma experiência muito legal” afirmou o ponta Lucarelli, do Taubaté.

Lucarelli, Wallace e Rapha, do Taubaté, no evento de lançamento da Superliga 2017-18. Foto: Thiago Dutra

Acho final em dois jogos mais justo, porque evita de você ter que decidir o trabalho de uma temporada inteira em um dia que você pode acordar e as coisas não encaixarem. Isso acontece no esporte, a gente sabe. Essa decisão acaba tornando mais justa. Eu sou a favor”, disse Rosamaria, ponteira do Minas Tênis Clube.

“Todas as melhorias foram ótimas, espero que continue assim. Os times estão ficando melhores e é disso que a gente precisa. O voleibol merece, a gente luta por isso” comemorou Mauricio Souza, central do Sesc Rj.

O maior equilíbrio dos últimos tempos?

Jogadores reunidos no evento de lançamento da Superliga 2017-18. Foto: Thiago Dutra

Vai ser uma Superliga das mais equilibradas de todos os tempos. Times muito fortes e muito coesos. A expectativa do Sesc-RJ é, primeiramente, de chegar no bolo de cima e, aí sim, poder concorrer ao título. Os principais adversários são o Sada Cruzeiro em primeiro lugar, por ter sido campeã e pelo investimento. Depois tem o Taubaté, o Sesi… Depois vem a gente, o Corinthians, o Campinas, tudo junto ali“, afirmou Maurício Souza

Para a ponteira Suelle, do Hinode Barueri, todos os times podem chegar na parte de cima da tabela. Até mesmo sua equipe, que vem da Superliga B:

A gente espera que seja equilibrada. Fizemos uma história na Superliga B e na elite vai ser diferente. O time vem muito mais empolgado por tudo que passou antes. Temos ideia do investimento da nossa equipe, mas não colocamos nenhum objetivo. Pretendemos brigar em cima na tabela, seja em 4º, 5º ou 6º, isso vai depender de como vamos jogar o campeonato“.

Suelle, do Hinode Barueri, afirma que Hinode Barueri pretende brigar na parte de cima da tabela. Foto: Thiago Dutra

Campeão da Superliga pelo Sesi, em 2011, Giovane está de volta, mas agora como técnico do Sesc-RJ. E ele não esconde a ansiedade:

“Eu estou muito feliz de estar de volta à Superliga. Vai ser uma das mais bonitas, mais disputadas dos últimos anos. A gente tem uma legião de fanáticos pelo vôlei no Brasil e, muitas vezes, nossos times assumem o papel da seleção, já que ela não tem muitas datas por aqui. A Superliga é o palco para o show, para o espetáculo. Isso é muito importante para o país. Ter tantos jogadores de seleção é, muitas vezes, o motivo da torcida ir pro estádio, escolher um time pra torcer. Queremos chegar entre os quatro da competição, é o nosso objetivo

Nosso objetivo inicial é poder chegar de novo à final e brigar por esse título inédito pro Taubaté, único que ainda não temos aqui no país”, falou Lucarelli.

Superliga Feminina

A Superliga Feminina terá 12 equipes, assim como no último ano. Após a desistência do Rio do Sul, por motivos econômicos, o Valinhos (12º colocado no ano passado) será o substituto. Ao todo são sete equipes paulistas, duas cariocas, duas mineiras e uma de Brasília:
SP: Vôlei Nestlé, Vôlei Bauru, Pinheiros, São Cristóvão Saúde/São Caetano, Hinode Barueri, SESI e Valinhos.
RJ: Sesc RJ e Fluminense.
MG: Dentil/Praia Clube e Camponesa/Minas.
DF: BRB/Brasília Vôlei.

Divisão de equipes por estado da Superliga Feminina.

+ VEJA A TABELA DA SUPERLIGA FEMININA 2017-18

Superliga Masculina

Na Superliga Masculina também serão 12 equipes na disputa. Ao todo, cinco estados serão representados. Minas Gerais e São Paulo, com quatro equipes cada, são os que terão mais times, seguidos por Paraná, com dois, e Rio de Janeiro e Rio de Grande do Sul, com um representante cada. Veja abaixo:
SP: EMS Taubaté Funvic, Sesi-SP, Vôlei Renata e Corinthians-Guarulhos.
MG: Montes Claros Vôlei, Minas Tênis Clube, JF Vôlei e Sada Cruzeiro.
PR: Maringá Vôlei e Ponta Grossa Caramuru.
RJ: Sesc-RJ.
RS: Lebes/Canoas.

Divisão de equipes por estado da Superliga Masculina.

+ VEJA A TABELA DA SUPERLIGA MASCULINA 2017-18

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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